Outro fenômeno que ocorre nos relacionamentos afetivos é a
codependência, mas antes de defini-la, vamos
falar sobre o conceito de
dependência. Dependência é quando o
indivíduo não é capaz de realizar algo ou dar conta de sua vida sozinho, ele
precisa de alguém para auxiliá-lo nesse processo. Geralmente somos muito
dependentes dos pais na infância, quando estamos desenvolvendo nossa
personalidade e compreendendo o mundo através das relações e do brincar. O
adolescente já é bem menos dependente, ele já tem consciência de seu papel, de
suas necessidades, comumente eles são dependentes financeiramente dos pais. Mas
existe outro tipo de dependência que é bem mais complicada: a dependência
emocional.
É fácil caracterizar uma pessoa dependente, uma vez que ela
assuma uma postura essencialmente passiva; ela deseja que suas necessidades
sejam satisfeitas, mas costumam fugir das responsabilidades, criam uma série de
desculpas e mecanismos de evitação para não assumir as consequências de seus
atos, manipulam os outros para satisfazerem suas necessidades assumindo um
comportamento de vitimização. Esse processo pode ganhar uma dimensão muito
maior e levar a pessoa a desenvolver uma codependência.
Se faça as seguintes perguntas: Você se preocupa
intensamente com outra pessoa? Você precisa estar perto daquela pessoa? Você se
sente perdido quando não consegue estar perto? Você precisa do amor exclusivo e
absoluto de alguém e só procura sua companhia? Você vê os amigos e familiares
desta pessoa como competição? Você é ciumento? Você só consegue se decidir ou
agir se a pessoa em questão aprovar?
Dependendo das respostas você pode estar vivenciando uma
codependência, que é uma tendência de se comportar passivamente em excesso, que
leva a impacto negativo nos relacionamentos e na qualidade de vida de um
indivíduo. É geralmente vista como colocando as necessidades do indivíduo
abaixo das necessidades dos outros e ficar preocupado em excesso com outros.
O codependente sofre muito com sua condição, pois sua
vontade geralmente é subjugada quando se relaciona com pessoas controladoras,
autoritárias ou com manifestações de ciúme patológico. Quando o companheiro do
codependente é controlador, ciumento, agressivo, ocorre uma sujeição nesse
relacionamento que impede o codependente de fazer o que gosta, tendo que se
submeter as vontades do outro em detrimento da sua. Já atendi casos onde o
marido impedia a mulher (ela sendo a codependente) de estudar, trabalhar e ainda
era violento com ela, verbal e fisicamente. Fica claro nesse exemplo que ele
queria cortar qualquer possibilidade da mulher de se desligar dele, fortalecendo
a relação de dependência.
Muitas mulheres (elas são as mais atingidas pela codependência)
vivem situações desse tipo onde se submetem totalmente ao marido, acreditando
que isso é amor (ou uma prova do mesmo), entretanto se faz necessário refletir que tipo de amor é esse que domina,
massacra e traz um profundo sofrimento. Que amor é esse que aceita a violência porque o marido lhe
sustenta ou dá o sustento dos filhos, como se fosse uma justificativa para suportar as
agressões? Essas mulheres tem uma autoestima baixa, esquecem de si
e se importam demais com o companheiro que as maltrata. É uma condição que
requer um acompanhamento psicológico de modo que essa pessoa possa se
redescobrir, possa aprender a se valorizar, a compreender como se dá essa
dependência afetiva na sua relação e poder criar estratégias para lidar com
isso.
O primeiro passo para a mudança da situação é reconhecer a dependência afetiva, mas não é algo que possa ser mudado com facilidade pela pessoa, a orientação profissional é fundamental, pois mesmo com a vontade de mudar não é suficiente para a pessoa codependente, ela simplesmente não consegue superar essa barreira sozinha.
O primeiro passo para a mudança da situação é reconhecer a dependência afetiva, mas não é algo que possa ser mudado com facilidade pela pessoa, a orientação profissional é fundamental, pois mesmo com a vontade de mudar não é suficiente para a pessoa codependente, ela simplesmente não consegue superar essa barreira sozinha.
Referências:
interessante este artigo. A ex do meu namorado nos persegue muito, faz ameaças, diversas chantagens, está difícil demais lidar com ela.Qualquer sugestão contrária ao que ela pensa ela afasta a pessoa pois só quer quem concorde com ela.Ela faz coisas bizarras e depois finge que não aconteceu absolutamente nada, depois volta a fazer coisas bizarras, depois finge que não aconteceu nada de novo.Que tipo de transtorno será que ela tem? Não sabemos mais o que fazer com esta criatura, ela não aceita ajuda ( a não ser que seja ajuda pra tentar recuperar meu namorado rsrs)
ResponderExcluirNão da pra dizer que tipo de transtorno ela tem sem uma avaliação. Entretanto é claro que ela parece ter um comportamento de fixação e manipulação. A sugestão é que seu namorado evite o contato com essa pessoa e qualquer tipo de ameaça ou violência seja levada até a polícia. É difícil prever, mas pessoas desequilibradas tem uma propensão a cometer atos violentos.
Excluir