sexta-feira, 18 de março de 2016

COMO SABER SE O PSICÓLOGO QUE ESCOLHI É UM BOM PROFISSIONAL?

Recentemente uma paciente de outro estado me procurou porque leu meu blog que falava sobre seu atual problema e num simples contato por e-mail ela achou que eu tinha mais conhecimento/ competência do que o profissional psicólogo que ao qual ela se consultava. Segundo ela "ele só fazia perguntas sexuais, era psicanalista". Eu expliquei a ela o problema dela, como era o tratamento caso realmente fosse o diagnóstico e dei os devidos encaminhamentos. Ela sentiu mais confiança numa pessoa que não conheceu pessoalmente do que no profissional ao qual fazia acompanhamento e isso me fez ter a ideia desse texto. Como saber se o psicólogo que eu escolhi para me ajudar é um bom profissional?


É preciso ter em mente que em qualquer profissão podemos nos deparar com profissionais mal formados, despreparados ou mesmo muito inteligentes, mas com pouca (ou nenhuma) competência para seguir aquela carreira. Como trabalho na saúde, escuto muitos relatos de pacientes queixando-se do tratamento que recebem dos médicos. Nesses relatos há queixa de falta de humanidade no atendimento, "o médico nem me olhou, nem me examinou, fez umas perguntas e foi passando uma receita", do descaso e até da rispidez "Doutor, eu continuo sentindo dor" e o médico responder "Não posso fazer nada". Fico inclusive curioso para entender como esses médicos são formados, o que é passado sobre como atender um paciente. A pessoa não é uma doença e muito menos um prontuário ou pedaço de carne. Um paciente doente é uma pessoa em sofrimento com toda uma história de vida e deve ser acolhida e respeitada. Infelizmente isso não ocorre na prática.

Em psicologia não e muito diferente. Já soube de muitos absurdos e essas pessoas continuam por aí promovendo não um tratamento sério, mas um embuste ao paciente leigo que muitas vezes não faz ideia de que está sendo enganado. Assim como na Medicina, a Psicologia também lida com vidas, uma psicoterapia mal executada, a falta de preparo do psicólogo e o fato do mesmo nunca ter feito terapia para lidar com seus próprios conflitos pode sim causar danos irreparáveis a um paciente que esteja fragilizado, ou que tenha propensão ao suicídio. 


Outro exemplo comum, não menos repugnante, são os psicólogos que se aproveitam da fragilidade do paciente para seduzi-los e ter aventuras sexuais. Psicologia é uma ciência que estuda o comportamento humano, as patologias mentais, as dificuldades das relações interpessoais. Então se o seu psicólogo sugere uma "massagem" para você relaxar alguma coisa está errada. Esse tipo de atitude além de ser antiética, é imoral e mancha toda uma categoria. Existem alguns tipos de terapia que podem envolver o toque, mas isso é explicado e existe um contexto clínico. 

O bom terapeuta percebe quando a terapia está muito erotizada e caso não consiga reverter a situação ele deve encaminhar o paciente para outro profissional. Você pode estar se perguntando "mas e se eu me apaixonar pelo terapeuta e ele por mim?" Nesses casos, se ambos decidirem manter um relacionamento sério, o tratamento com esse profissional chega ao fim e, deve ser continuadonão deve se relacionar afetivamente com seus pacientes, não deve se envolver sentimentalmente com eles, uma vez que isso compromete todo trabalho terapêutico e pode ter consequências catastróficas. vou dar um exemplo disso. 
caso haja necessidade, por outro psicólogo. O que quero deixar bem claro aqui é que o psicólogo profissional


Imagine que a moça vai ao psicólogo para trabalhar seus sentimentos de baixa autoestima porque foi rejeitada pelo namorado e tem um histórico de rejeição na família. Eis que nesse momento onde ela se encontra fragilizada ela se sente atraída pelo psicólogo e este, pela sua incompetência ou qualquer que seja o motivo (injustificável), se envolve com ela, eles se beijam, fazem sexo, trocam mensagens. É então que esse psicólogo, que via isso como uma aventura, decide "terminar" com a paciente.  A paciente com histórico de rejeição, sentimentos de baixa estima e deprimida não suporta e comete suicídio. É plenamente possível. A seguir, deixo algumas dicas para ajudar o paciente leigo a reconhecer um bom terapeuta.


  • Pergunte acerca da formação desse profissional, que tipo de casos ele atende, onde ele se formou, que tipo de trabalho desenvolve, qual sua experiência. Isto lhe ajuda a conhecer um pouco do lado profissional e técnico do profissional.
  • Se possível, busque informações sobre o terapeuta com outros pacientes atendidos por ele ou em instituições onde ele trabalha. 
  • Sempre pergunte sobre o seu tratamento, diagnóstico ou qualquer dúvida que surja durante a terapia. Muitas pessoas tem vergonha, medo ou acham que isso é desnecessário. Não é. Quanto mais você souber sobre isso, melhor.
  • Desconfie de qualquer situação estranha na terapia, questione os objetivos do que o terapeuta propõe e peça para que ele informe como aquele procedimento pode ser útil com você.
  • O tratamento psicológico é baseado na conversação, e na aplicação das orientações fornecidas pelo profissional. Qualquer coisa que vá além disso questione. 
  • Qualquer tentativa de contato físico, troca de fotos ou mensagens é estranho. Desconfie. 
  • Mesmo que o terapeuta siga o código de ética isto não faz dele um bom profissional. Falta de conhecimento técnico pode tornar a terapia um processo sem resultados. Caso não sinta melhora no seu problema, depois de algum tempo em terapia, converse com seu terapeuta sobre isso. 
  • É preciso ter confiança e empatia com o profissional que você escolheu para lhe tratar. Sem isso, a terapia pode ficar estagnada. Caso não se sinta à vontade com o psicólogo que escolheu ou não se sinta confiante nada te impede de procurar outro profissional. Não insista em algo que não está te dando retorno.
  • Por fim, existem muitas abordagens psicológicas, assim como a medicina tem suas ramificações, e determinados problemas às vezes necessitam de uma abordagem específica. Como saber que tipo de abordagem pode tratar seu problema? Pergunte ao seu terapeuta ou ao Conselho de Psicologia da sua região.

Uma última observação. O tratamento psicológico geralmente é uma jornada demorada e difícil, muitas vezes requer tempo e investimento do paciente na sua melhora, logo a responsabilidade também é do paciente em seguir as orientações do profissional. A melhora dos sintomas, do problema que o paciente está vivenciando nem sempre vem rapidamente, porque a conscientização do comportamento e a mudança de atitude são processo lentos, na maioria das vezes. 

Caso você sinta que algo está errado ou que o paciente está indo além da terapia realizando práticas inadequadas denuncie. Além de te prejudicar ele provavelmente já prejudicou outro e irá prejudicar muitos. Busque o conselho de psicologia que contemple sua região, é fácil achar na internet, e se informe sobre o que está acontecendo e faça a denúncia. Só assim poderemos extirpar os profissionais antiéticos do meio e permitir que as pessoas tenham atendimento de qualidade. 

Espero que essas dicas tenham ajudado, me ponho a disposição para qualquer dúvida, crítica ou sugestão.  

Um comentário:

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