tag:blogger.com,1999:blog-24845784795138623292023-11-16T08:41:30.754-03:00PsicologizzanoOlá, eu me chamo Leonardo e sou Psicólogo registrado pelo Conselho Regional de Psicologia, CRP da 11a região sob o número 05089. O objetivo desse blog é esclarecer as pessoas sobre questões ligadas a Psicologia usando uma linguagem simples, acessível e incentivar reflexões acerca da natureza humana, da sociedade e de problemas do cotidiano.Leonardo Viana de Vasconcelos Martinshttp://www.blogger.com/profile/03931436674689038787noreply@blogger.comBlogger95125tag:blogger.com,1999:blog-2484578479513862329.post-80944346949185176212020-01-13T11:20:00.002-03:002020-01-13T11:20:49.120-03:00PSICO DÚVIDAS #3<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLiXZCDPG1d1P7L3Cd8Q_IQNyMrwadnFMdqVW4GnI58pAFXIsQlb0Z5D3levTtGrJ8pHZKwtGy2dL9Nkm80hU1NovEgbPfnXTXSXx1oIY-amowlS_3uPsH2N9rEvv2vg5Z4YYQwYwzdeY/s1600/16-512.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="512" data-original-width="512" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLiXZCDPG1d1P7L3Cd8Q_IQNyMrwadnFMdqVW4GnI58pAFXIsQlb0Z5D3levTtGrJ8pHZKwtGy2dL9Nkm80hU1NovEgbPfnXTXSXx1oIY-amowlS_3uPsH2N9rEvv2vg5Z4YYQwYwzdeY/s320/16-512.png" width="320" /></a></div>
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Olá a todos, sejam muito bem vindos! Hoje vamos responder as dúvidas de alguns dos leitores do blog, vocês podem mandar essas perguntas para esse link: <a href="https://curiouscat.me/Psicologizzano">https://curiouscat.me/Psicologizzano</a> que ela será respondida mantendo o anonimato. Vamos as perguntas!<br />
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<span style="color: orange;"><b>Dúvida 7)</b></span> Gostaria de tirar uma dúvida e saber se a psicologia poderia me ajudar. </div>
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Tenho 37 anos e estou passando por uma fase complicada na minha vida, eu trabalho tenho minha empresa, sou casado e tenho dois filhos. Há uns 4 anos atrás tive um relacionamento fora do meu casamento que minha esposa descobriu, contudo nosso amor foi maior e por ela conseguiu reconectar nosso casamento. Hoje me tornei uma pessoa dedicada só a meu casamento reconhecendo o erro que cometi. Com isso minha esposa agora (2 meses) passou em uma seleção de emprego e está trabalhando, aí que vem todo meu problema. Estou a toda hora achando que pode acontecer a lei do retorno, que minha esposa possa me trair e daí estou passando por muita dificuldade tomando bebidas alcoólicas todos os dias, sem foco na minha empresa, fumando uma carteira de cigarro por dia, dormindo 10hs acorda do as 2hs da manhã e não dormindo mais por pensar como vai ser o outro dia dela. Enfim na verdade tenho sim total confiança nela, mas que me deixa com pé atrás são situações de homens que sei que podem dar encima enfim várias coisas que fico a todo momento fantasiando. Confesso que estou muito preocupado comigo, onde para minha esposa ela só diz que é uma frescura minha. </div>
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Mas enfim existe alguma área na psicologia onde eu possa melhorar esse tipo de comportamento relacional?</div>
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<b><span style="color: orange;">Leonardo Martins, psicólogo</span></b>: Olá, vamos tentar elaborar um pouco do que você trouxe, de forma bem superficial, uma vez que não conheço você, seu contexto, seus comportamentos. Acredito que você esteja inseguro e fantasiando uma possível traição da sua esposa porque você cometeu esse ato, tanto que no que você escreveu você fala da "Lei do Retorno", então de algum modo você tem muito medo que isso retorne para você, assim como você deve ter muito medo de perdê-la e isso é que anda tirando seu sono. Não existe uma área específica da psicologia pra ajudar você, qualquer psicólogo que você procurar poderá trabalhar com você essas questões. Não pense que a minha análise superficial vai resolver seu problema, ok? Você precisa ser avaliado pelo profissional, precisa entrar a fundo nessas questões e entender os sentimentos que estão relacionado tanto a traição que você cometeu quanto a relação atual com sua esposa.<br />
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<b><span style="color: orange;">Dúvida 8)</span></b> Para quem devo ir, um psicanalista ou a um psicólogo? Ambos podem encaminhar pra um psiquiatra caso vejam a necessidade de eu tomar medicamento ? Já fui a uma vez há uma psicanalista ela comenta muito sobre Freud e é muito ligado a parte sexual ... enfim aqui em minha cidade o que posso pagar talvez seria uma psicanalista preço mais acessível, mas preciso de alguém que realmente me ajude a curar minha depressão e me diga pra eu ir a psiquiatra se for necessário.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJX3LWpsW1_ujfBgHLxUeIu74Bqv47vuh0Ln2coTHp57uwQlLu8pPLkd3TwJZdC3RIQtIjxAkLY4st_YSmZ682vKUG-XJlTFMVCClsQeyuIdNGH2B85NGkm1Qb5tTUrtnRgCIlBSDUhu4/s1600/1813772-ms.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="400" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJX3LWpsW1_ujfBgHLxUeIu74Bqv47vuh0Ln2coTHp57uwQlLu8pPLkd3TwJZdC3RIQtIjxAkLY4st_YSmZ682vKUG-XJlTFMVCClsQeyuIdNGH2B85NGkm1Qb5tTUrtnRgCIlBSDUhu4/s320/1813772-ms.jpg" width="320" /></a></div>
<b><span style="color: orange;">Leonardo Martins, psicólogo</span></b>: A diferença entre psicólogo e psicanalista é a seguinte: o psicólogo passa no mínimo 5 anos numa faculdade estudando o comportamento humano, estudando técnicas para tratar disfunções comportamentais, emocionais, estuda dezenas de teorias, aprende sobre os transtornos mentais, faz estágios em diferentes áreas etc. O psicanalista pode ser qualquer pessoa, pode ser um advogado, um professor, um arquiteto, um padeiro, pode ser inclusive uma pessoa sem uma profissão formal que resolve fazer o curso de psicanalista. Tem cursos de psicanalista que duram 1 ano apenas. Alguns cursos mais sérios duram um pouco mais. Logo, há aí uma grande diferença e disparidade em relação ao conhecimento técnico. Como os psicólogos estudam várias teorias e escolhem uma para ser sua vertente de trabalho, um psicólogo pode ser psicanalista, mas um psicanalista não é um psicólogo. A psicanálise se baseia nos estudos de Freud sobre o aparelho psíquico e sua teoria da sexualidade, mas vai depender muito do profissional que atende você, visto que cada psicanalista pode seguir uma linha diferente dentro da psicanálise (sim, existem diversas vertentes dentro da psicanálise, de fato a maioria dos discípulos de Freud desenvolveram suas próprias interpretações acerca da psicanálise e foram assim sendo criadas outras vertentes). Com relação ao valor, tem psicanalista que cobra muito mais caro que um psicólogo convencional, isso é muito relativo. Com relação a encaminhar, ambos os profissionais devem estar capacitados para encaminhar para um psiquiatra caso seja necessário uso de medicação no tratamento.<br />
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<b><span style="color: orange;">Dúvida 9)</span></b> Não consigo esquecer uma relação que nunca superei já fazem 4 anos que terminamos e eu vou casar com outra pessoa.. Não nos falamos há anos mas eu sinto o mesmo que quando o conheci e quando voltam às memórias sofro igual anos atrás. Também sonho constantemente com ele. Por favor, queria entender o que está acontecendo comigo, queria saber como posso esquecê-lo!<br />
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<b><span style="color: orange;">Leonardo Martins, psicólogo</span></b>: Claramente você não superou esse relacionamento, você está firmemente fixada nele. Mesmo depois de 4 longos anos você ainda tem sentimentos com essa intensidade, e ainda sonha com ele o que é um indício claro de como esse sentimento é forte em você. Não existe uma receita para te dizer como superar essa relação, você precisa fazer psicoterapia com um psicólogo para aprofundar o entendimento desse sentimento e dessa relação que acabou, e acima de tudo, aprender a aceitar que acabou. Você está apegada a algo do passado, é provável que hajam fantasias de reviver esse momento passado que vai e vem retornam. Por isso fazer terapia é tão importante, porque esse apego ao passado com certeza te traz sofrimento e dificuldades em lidar com sua vida presente, até mesmo porque você está em vias de casar. Aceitar é um processo difícil e doloroso, aceitar aquilo que aconteceu, aceitar o inevitável, e lidar com isso é um grande desafio. Então procure um psicólogo na sua cidade para trabalhar essas questões e boa sorte!<br />
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<b><span style="color: orange;">Dúvida 10)</span></b> Olá, atendo uma mulher e ela gostaria muito que eu atendesse a filha dela também, separadamente, não como terapia familiar. Não achei nada contra isso no código de ética, porém estou na dúvida. O que você acha? O mesmo psicologo pode atender mãe e filha?<br />
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<b><span style="color: orange;">Leonardo Martins, psicólogo</span></b>: Que bom ver um colega psicólogo aqui no site. Não é demérito um profissional ter dúvidas, pelo contrário, é melhor se informar, do que achar que sabe tudo e não ter a humildade de buscar ajuda com alguém mais experiente e de repente cometer erros grotescos no exercício da profissão. Dito isso, acho louvável você vir aqui perguntar. Vamos à resposta! Realmente você não vai achar esse tipo de limitação ou restrição de atendimento no código de ética, porque era algo para ser ensinado dentro das faculdades de psicologia (e nem sempre o é). O que ocorre é que o psicólogo trabalha com a subjetividade, com a intimidade do sujeito, um material que deve ser resguardado e é sigiloso (regras sobre esse sigilo aí sim, estão no código de ética). Mas quando você atende pessoas que se conhecem esse sigilo acaba sendo comprometido, porque em algum momento essas pessoas podem falar uma da outra, coisas que uma das duas não sabem, mas você sabe enquanto terapeuta caso esteja atendendo. E isso é que pode gerar conflitos. Então se tem algo que a filha conta que não quer que a mãe saiba, mas você atendendo a mãe acaba mencionando isso sem querer, porque pode acontecer, de repente você está quebrando o sigilo da filha e pode estar comprometendo a relação das duas, causando ainda mais conflito. Dessa forma, é bem sabido entre os psicólogos que quando outro familiar solicita nosso atendimento nos encaminhamos essa demanda para outro profissional, justamente para evitar esse conflito de interesses nos atendimentos. Isso falando de psicoterapia individual. Em outras modalidades de atendimento como Terapia de Casal, Terapia Familiar, essa regra não se aplica, porque todos estão ali juntos, compartilhando sua intimidade, seus pensamentos, seus segredos. Espero ter ajudado a sanar essa dúvida. </div>
Leonardo Viana de Vasconcelos Martinshttp://www.blogger.com/profile/03931436674689038787noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2484578479513862329.post-9746842708270741812019-12-17T11:51:00.000-03:002019-12-17T11:51:46.973-03:00HOMENAGEM AOS 15 ANOS DO PRAVIDA PELA CÂMARA DE FORTALEZA<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHoCcidciaJQQK-TNsd9aTc6cQOTUU5O5Syj9W2aJtSfqu_AXfQsoyBtw9e30tC1_HyqC_vugd64J2Sn2ib0Sr2S0jXNvEwYxYptBczst20K5vrosILodIeEgX9Mn8-XyLDb2ssDhkR6k/s1600/IMG-20191212-WA0006.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="876" data-original-width="1080" height="259" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHoCcidciaJQQK-TNsd9aTc6cQOTUU5O5Syj9W2aJtSfqu_AXfQsoyBtw9e30tC1_HyqC_vugd64J2Sn2ib0Sr2S0jXNvEwYxYptBczst20K5vrosILodIeEgX9Mn8-XyLDb2ssDhkR6k/s320/IMG-20191212-WA0006.jpg" width="320" /></a></div>
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No dia 11 de dezembro de 2019 foi realizada na Câmara Municipal de Fortaleza sessão solene para homenagear os 15 anos do PRAVIDA- Programa de Apoio a Vida da Universidade Federal do Ceará-UFC, programa da qual faço parte há 4 anos. O PRAVIDA tem como objetivo atuar ativamente na prevenção de suicídio não apenas na cidade de Fortaleza, mas em toda região metropolitana e cidades do interior do Estado, através de atividades voltadas para o ensino, pesquisa e extensão. Significa dizer que além do atendimento ambulatorial gratuito, realizado no Hospital Universitário Walter Cantídio, o PRAVIDA realiza diversos cursos, capacitações e seminários, além de pesquisa onde publica trabalhos em eventos nacionais e internacionais e conta com um livro publicado em 2018 com o que há de mais moderno em relação ao estudo científico do fenômeno do suicídio.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfI6p-9JV6kRouFXetYkar_Mzn3vVwzD1rPZwr0Qeh0NrTuHrQVEkEKUlpsmV16_vX3vGAG8K0KNhPTqUMK8ud6Q55WuQrrkp7Daa9TYN9woLwJgigzK4KgdjHRemzOw2luJPJyK7UaJM/s1600/P_20191211_212527.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="239" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfI6p-9JV6kRouFXetYkar_Mzn3vVwzD1rPZwr0Qeh0NrTuHrQVEkEKUlpsmV16_vX3vGAG8K0KNhPTqUMK8ud6Q55WuQrrkp7Daa9TYN9woLwJgigzK4KgdjHRemzOw2luJPJyK7UaJM/s320/P_20191211_212527.jpg" width="320" /></a>Acima de tudo é um programa de voluntários que realiza um trabalho hercúleo com muito amor. O vereador Jorge Pinheiro tem sido uma importante parceria com o programa e foi o idealizador dessa homenagem. No presente evento não apenas o PRAVIDA foi homenageado, mas seus integrantes que tem realizado uma contribuição fundamental para o andamento e desenvolvimento de todas essas atividades. Receberam certificados em homenagem ao PRAVIDA: Fábio Gomes de Matos Sousa; Maria Ivoneide Veríssimo de Oliveira; Leonardo Viana de Vasconcelos Martins; Ana Paula de Lima e Silva; Karine Benevides; Cíntia Lima Sampaio; Sâmia Martins Cabral Ribeiro; Poliana Lemos Moreira Albuquerque; Luíza Weber Bisol. Sendo um dos homenageados, só tenho a agradecer, em primeiro lugar ao Dr. Fábio Gomes pela confiança no meu trabalho e ao vereador Jorge Pinheiro, que em nome da cidade de Fortaleza realizou esse ato de reconhecimento público a um trabalho tão essencial e tão difícil. Foi uma sensação indescritível ser homenageado publicamente por algo que eu faço com todo empenho e sem esperar qualquer tipo de retorno, é o meu chamado pessoal para contribuir com a sociedade e com a saúde mental da nossa cidade. E me enche de alegria e orgulho poder fazer parte desse programa tão belo que é o PRAVIDA. Que venham muitas outras homenagem e que mais e mais pessoas possam se beneficiar do nosso trabalho.</div>
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<br />Leonardo Viana de Vasconcelos Martinshttp://www.blogger.com/profile/03931436674689038787noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2484578479513862329.post-67998198027850464412019-12-03T11:06:00.000-03:002019-12-03T11:13:12.181-03:00PSICO DÚVIDAS #2<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0DS3i1redC59kRzMA8z7QSDAxa8vUxuLv4jSqZGSYyG0DH6-QKgrBgKEKbnmRRPVUSIpgW9ljbmQjNcZDmst_Khiuz0VkNB3G7Pa6MFahXCblk9Hsh8Ramlegf76XCod4CCIRfuYU1SQ/s1600/img-teste-vocacional.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="341" data-original-width="300" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0DS3i1redC59kRzMA8z7QSDAxa8vUxuLv4jSqZGSYyG0DH6-QKgrBgKEKbnmRRPVUSIpgW9ljbmQjNcZDmst_Khiuz0VkNB3G7Pa6MFahXCblk9Hsh8Ramlegf76XCod4CCIRfuYU1SQ/s320/img-teste-vocacional.jpg" width="281" /></a></div>
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Olá a todos, sejam muito bem vindos! Hoje vamos responder as dúvidas de alguns dos leitores do blog, vocês podem mandar essas perguntas para esse link:<a href="https://curiouscat.me/Psicologizzano" target="_blank"> https://curiouscat.me/Psicologizzano</a> que ela será respondida mantendo o anonimato. Vamos as perguntas!</div>
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<b><span style="color: orange;">Dúvida 4)</span></b> Olá, minha madrinha mora em outra cidade e está fazendo terapia. Meu avô está em estado terminal e convive com minha madrinha. Meu avô não quer vir morar com minha mãe, pois é outra cidade. Minha mãe manda dinheiro para minha madrinha, ajuda a pagar a cuidadora para meu avô. E ela já foi inúmeras vezes para a outra cidade afim de cuidar do meu avô.</div>
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A psicóloga da minha madrinha, tomou a iniciativa de ligar para a minha mãe dizendo que não iria permitir que meu avô fosse morar com ela, e também ameaçou minha mãe com um processo onde ela iria pagar sozinha os custos do meu avô. Porem, todo dinheiro que minha mãe envia para a minha madrinha não é utilizado com meu avô, pois a minha madrinha gasta tudo indo no motel com vários homens. A psicologa pode ligar para a minha mãe, atormentando e aborrecendo ela mesmo que minha mãe, não tenha nada haver com a terapia da minha madrinha?</div>
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<b><span style="color: orange;">Leonardo Martins, psicólogo</span></b>: Bom, primeiramente, da forma como você está me relatando, essa profissional está tendo um comportamento antitético e ela mesma pode sofrer processo administrativo no Conselho Regional de Psicologia da região dela caso seja denunciada. Esse não é o papel do psicólogo. O profissional de psicologia deve zelar pelo bem estar do paciente, não deve ditar o que o paciente deve fazer, não deve interferir na vida do paciente de qualquer modo, mas sim levar o paciente a refletir sobre suas ações, dar suporte emocional, oferecer estratégias para que o paciente lide com seus conflitos. </div>
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Segundo o código de ética do psicólogo:</div>
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II. O psicólogo trabalhará visando promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e das coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de negligência, discriminação,</div>
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exploração, violência, crueldade e opressão.</div>
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Art. 2º – Ao psicólogo é vedado:</div>
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b) Induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito, quando do exercício de suas funções profissionais;</div>
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j) Estabelecer com a pessoa atendida, familiar ou terceiro, que tenha vínculo com o atendido, relação que possa interferir negativamente nos objetivos do serviço prestado; </div>
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No seu relato essa profissional infrigiu todos esses princípios e é passiva de punição caso haja uma denúncia formal. </div>
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<b><span style="color: orange;">Dúvida 5)</span></b> Eu quero muito cursar psicologia para poder ajudar meu pai, eu vejo que ele precisa muito de um psicólogo. </div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJX3LWpsW1_ujfBgHLxUeIu74Bqv47vuh0Ln2coTHp57uwQlLu8pPLkd3TwJZdC3RIQtIjxAkLY4st_YSmZ682vKUG-XJlTFMVCClsQeyuIdNGH2B85NGkm1Qb5tTUrtnRgCIlBSDUhu4/s1600/1813772-ms.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="400" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJX3LWpsW1_ujfBgHLxUeIu74Bqv47vuh0Ln2coTHp57uwQlLu8pPLkd3TwJZdC3RIQtIjxAkLY4st_YSmZ682vKUG-XJlTFMVCClsQeyuIdNGH2B85NGkm1Qb5tTUrtnRgCIlBSDUhu4/s320/1813772-ms.jpg" width="320" /></a><b><span style="color: orange;">Leonardo Martins, psicólogo</span></b>: Olá. Isso que você está colocando é algo corriqueiro no curso de psicologia. Muitas pessoas entram no curso para ajudar amigos, familiares ou a si mesmo. Lembro de uma colega de curso que dizia que entrou na psicologia achando que faria terapia no curso. É um engano muito comum. O objetivo do curso de psicologia é formar um psicólogo, tratar suas dificuldades e problemas pessoais é algo que é feito por fora, independente do curso. E se formar psicólogo para tratar parentes está fora de questão. O trabalho do psicólogo está norteado pelo princípio profissional da imparcialidade, do não envolvimento emocional com os pacientes. Os vínculos que estabelecemos com as pessoas, ou seja, a forma como desenvolvemos cada relação vai influenciar como a outra pessoa nos vê e nos ouve. Provavelmente você já deve ter falado coisas para seu pai mas ele não te dá ouvidos, por que os pais em geral são assim, por serem mais velhos, mais experientes, por serem uma figura de autoridade, em geral não vão ouvir os filhos, visto que é algo da relação pai-filho. O psicólogo, para que possa atender bem um paciente, não pode ter vínculos de outra natureza que não o profissional. Então, por mais que você quisesse atender seu pai, ou qualquer outra pessoa da família, não daria muito certo. Incentive seu pai a buscar um psicólogo ou você mesmo pode buscar um e ir com ele, demonstrando assim seu apoio e interesse no bem estar dele. </div>
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<b><span style="color: orange;">Dúvida 6)</span></b> Tenho muita vontade de procurar um psicólogo, mas tenho medo, vergonha, sei lá. Eu fico pensando o que ele vai pensar de mim, das coisas que eu vou dizer. Tenho medo que ele conte para alguém. O que devo fazer, me ajude?</div>
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<b><span style="color: orange;">Leonardo Martins, psicólogo</span></b>: Olá, obrigado pela sua dúvida, vamos desenvolver aqui uma excelente reflexão sobre ela. É natural ficar apreensivo diante de uma pessoa que você não conhece e que você vai contar sua vida, seus problemas sua intimidade. Entretanto, neste caso, a pessoa é o psicólogo, um profissional tecnicamente qualificado para isso. Vejamos o que diz o Código de Ética do psicólogo:</div>
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"Art. 9º – É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações, a que tenha acesso no exercício profissional."</div>
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Ou seja, o sigilo, o segredo das informações que você repassar para o psicólogo estará resguardado. Caso haja quebra desse sigilo o psicólogo poderá responder perante o conselho, dependendo da situação receber apenas uma punição ou até mesmo ser cassado e não poder mais exercer a profissão. Nós psicólogo levamos a questão do sigilo muito a sério. Tudo que você fala na sessão de terapia com um psicólogo fica lá. Então por mais que você tenha um pouco de vergonha no começo, conforme você estabelece uma relação de confiança com o psicólogo que você escolheu ir vai ficando mais fácil desabafar e falar dos seus problemas. Recebo muitos pacientes que no começo estão inseguros de falar, mas que com o tempo, eles vão ficando mais confortáveis e o processo caminha mais tranquilamente. Então escolha um profissional que você se identifique, se não gostar, troque, até achar aquele com quem você se sente mais à vontade e pode falar sem medo. </div>
Leonardo Viana de Vasconcelos Martinshttp://www.blogger.com/profile/03931436674689038787noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2484578479513862329.post-25756711053776690592019-11-21T10:49:00.000-03:002019-11-21T10:51:32.143-03:00MANDE SUAS PERGUNTAS E DÚVIDAS PARA MIM!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSbZec88DUj3J_0CkcDd-tnjhrf3SqJQ9UgjNjSfskqyZ-8ProUMfsO3WS6RcJFhjYd8M46C-QS0gGRRUbA_dcEFZrtg8csrOl9Nt3XQMFU8yZ8EKAaj5NZs6sRAmSeqxwXu-AuICW12M/s1600/AVISO_293O.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="460" data-original-width="800" height="230" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSbZec88DUj3J_0CkcDd-tnjhrf3SqJQ9UgjNjSfskqyZ-8ProUMfsO3WS6RcJFhjYd8M46C-QS0gGRRUbA_dcEFZrtg8csrOl9Nt3XQMFU8yZ8EKAaj5NZs6sRAmSeqxwXu-AuICW12M/s400/AVISO_293O.jpg" width="400" /></a></div>
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<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
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<span style="font-size: large;">Muitos de vocês fazem diversas perguntas aqui no blog, tiram dúvidas, etc. Agora vocês podem fazer isso mais diretamente. Semanalmente eu vou estar postando as respostas dessas dúvidas aqui no blog, com o intuito de informar melhor a todos vocês. Então vocês podem enviar essas dúvidas através desse link do Curious Cat: <b style="text-align: justify;"><a href="https://curiouscat.me/Psicologizzano">https://curiouscat.me/Psicologizzano</a></b>. </span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Basta clicar e enviar as perguntas, dúvidas, questionamentos, pensamentos, reflexões que eu vou pegar e criar um post semanal com elas, respeitando o sigilo de quem enviou, ninguém vai ser identificado, e eu vou responde-las aqui. </span></div>
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<br />Leonardo Viana de Vasconcelos Martinshttp://www.blogger.com/profile/03931436674689038787noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2484578479513862329.post-43150943584013359842019-11-19T13:17:00.001-03:002019-11-19T13:17:14.688-03:005 ORIENTAÇÕES PARA QUEM TEM ANSIEDADE<div style="text-align: justify;">
Olá a todos, sejam muito bem vindos! No post de hoje eu vou falar um pouco sobre ansiedade e dizer para vocês algumas orientações para que possam aplicar no seu dia-a-dia, de modo não só a reduzir a ansiedade mas como também melhorar sua qualidade de vida.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjeft-YkxYMq8KiWgR0SClXab7X_GS5pyZhzrBvJXFMhyphenhyphenGi71N1rkMOUMo6ie_cYpcyj1Cg7IdU15nhs-v8myBCZrZ0P-ZTFheIm-HQno65O9TbGPsxaKjS6QbjN1hh-9caSy1nGF0lPA/s1600/istock-488789173.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="454" data-original-width="680" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjeft-YkxYMq8KiWgR0SClXab7X_GS5pyZhzrBvJXFMhyphenhyphenGi71N1rkMOUMo6ie_cYpcyj1Cg7IdU15nhs-v8myBCZrZ0P-ZTFheIm-HQno65O9TbGPsxaKjS6QbjN1hh-9caSy1nGF0lPA/s320/istock-488789173.jpg" width="320" /></a></div>
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A ansiedade pode ser caracterizada como uma reação natural do organismo a um evento, seja ele real ou imaginário, no qual a pessoa se sente de algum modo ameaçada. As reações elevadas de ansiedade frente a uma situação que é ameaçadora para aquela pessoa (ex: falar em público, uma prova importante, um encontro com um paquera) acabam desencadeando um processo natural do corpo, a reação de luta ou fuga. Esse mecanismo é uma adaptação evolutiva que ajudou na preservação das espécies: quando um animal se sente ameaçado o cérebro recebe essas informações e manda comandos para o corpo que libera hormônios que fazem o coração bombear mais sangue para os músculos, os sentidos ficam mais aguçados e aquele animal decide se vai fugir ou enfrentar a ameaça. Nos seres humanos, por conta do nosso estilo de vida cansativo, muitas responsabilidade, tensão constante, esse mecanismo acaba disparando em vários momentos. É o famoso "estou nervoso". Você começa a suar frio, pois o sangue está fluindo para os músculos, então as extremidades tendem a ficar mais geladas, o coração acelera, bombeando mais sangue, o ritmo respiratório aumenta para enviar mais oxigênio para o sangue. As pupilas dilatam, uma sensação de medo vem. A intensidade e a manifestação desses sintomas podem variar, mas no geral, são suportáveis, causam um desconforto passageiro. Entretanto, se os sintomas forem muito fortes, já acontecem há algum tempo, atrapalham sua vida pessoa (trabalho, estudo, vida pessoal, familiar) então está na hora de buscar ajuda de um especialista, um psicólogo ou psiquiatra. </div>
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Então como posso evitar que minha ansiedade chegue a esse ponto? Como posso evitar que eu desenvolva um transtorno dessa natureza? Segue abaixo 5 orientações bem simples, mas que podem fazer toda diferença. Elas servem para quem tem apenas reações ansiosas dentro do limite, bem como para pessoas que já estão diagnosticadas com o Transtorno de Ansiedade. </div>
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<span style="color: orange;"><b>1-Pratique atividade física:</b> </span>a atividade física regular, seja ela qual for, ajuda a regular os níveis de hormônios no nosso corpo, tanto dos que elevam a ansiedade, quanto dos que reduzem. Ao final dos exercícios o corpo está mais relaxado, cansado e hormônios do prazer são liberados.</div>
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<b><span style="color: orange;">2-Evite álcool, fumo e outras drogas:</span></b> essas substâncias vão afetar os neurotransmissores de algum modo, e substâncias como o cigarro causam dependência química, o que potencializa seu consumo em pessoas que estão mais ansiosas. No caso do álcool, eu diria apenas para evitar os excessos, o que chamamos de uso abusivo (quando a pessoa está bebendo grandes quantidades num curto espaço de tempo). No caso de outras drogas, bem, elas bagunçam totalmente as reações químicas no cérebro entre os neurotransmissores, então é bom evitar todas mesmo. </div>
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<b><span style="color: orange;">3-Resolva seus problemas:</span></b> quanto mais deixamos as coisas acumulares, pior fica, mais sobrecarregados ficamos. Mas isso vai além de pagar boletos e estudar para as provas da faculdade ou terminar os relatórios do trabalho. Resolver os problemas da vida pessoal é de extrema importância. Quando você está numa situação desagradável mas não resolve, isso cria uma série de consequências psicológicas e emocionais que podem potencializar as reações de ansiedade.</div>
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<span style="color: orange;"><b>4-Tenha uma rotina regrada:</b> </span>comer adequadamente, dormir adequadamente, são o básico para ter uma boa qualidade de vida. Ter uma rotina ajuda, não apenas a organizar seu dia, como também a reduzir a expectativas e surpresas durante o dia. Se você está devidamente organizado dificilmente você vai esquecer compromissos. Se você tem uma boa noite de sono seu corpo e seu cérebro estarão devidamente descansados. </div>
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<b><span style="color: orange;">5-Respeite seus limites:</span></b> aprenda a saber a hora de parar e reavaliar uma situação. Excesso de insistência em algumas situações pode gerar conseqüências negativas. Insistir em situações que estão lhe causando prejuízo, da mesma forma. Se algo não está como você gostaria, reavalie, procure recursos para mudança, mas evite permanecer. Um exemplo disso é trabalhar num lugar que você não gosta, que sente que te tratam mal, etc. Com o tempo a sensação ruim em relação aquilo vai aumentando, exponencialmente, até que começa a desencadear reações de ansiedade. Tal qual o exemplo do emprego ruim é estar num relacionamento ruim, seja abusivo ou tóxico. Então respeite seus limites e sempre se questione "isso é o melhor para mim nesse momento?". Permita que essa frase seja seu guia e sempre reflita em torno dela, vai te ajudar a decidir melhor.</div>
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Leonardo Viana de Vasconcelos Martinshttp://www.blogger.com/profile/03931436674689038787noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2484578479513862329.post-91539529635696975182019-11-03T18:29:00.002-03:002019-12-03T11:15:13.291-03:00PSICO DÚVIDAS #1<div style="text-align: justify;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4MW5aduV3MBM94kgqk59-TeBQRYNEl9nijsYVAyv7GXt_HA3yFVyxx0OoPUOPIPIFzxXE2imYVH0NWM73mnJ541UrlIPti7_eSmKMHkpNhQkP9eWPkGZ8SUc3CmZUVJ-hrZCbNfYsFeA/s1600/16-512.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="512" data-original-width="512" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4MW5aduV3MBM94kgqk59-TeBQRYNEl9nijsYVAyv7GXt_HA3yFVyxx0OoPUOPIPIFzxXE2imYVH0NWM73mnJ541UrlIPti7_eSmKMHkpNhQkP9eWPkGZ8SUc3CmZUVJ-hrZCbNfYsFeA/s320/16-512.png" width="320" /></a></div>
Olá, como recebo muitas dúvidas de pacientes, leigos, sobre diversos assuntos relacionados à Psicologia, vou abrir aqui um espaço para falar um pouco desses questionamentos. Então podem mandar suas perguntas, dúvidas, comentários para: <b><a href="https://curiouscat.me/Psicologizzano">https://curiouscat.me/Psicologizzano</a></b></div>
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Vamos as perguntas!</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2bbsYBSQNsvCcwm8cSIZjZwFpa8_6qCf179adI03kGsfQcnQOq7nIryGlpvbfn4RVHJhrOgrokp07L9Drr8xJgqC2-DZZ60n7rcAAKmH828MFzMqtLg2in1HoFAxg4ktOgTxrzw8LpSc/s1600/1813772-ms.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="400" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2bbsYBSQNsvCcwm8cSIZjZwFpa8_6qCf179adI03kGsfQcnQOq7nIryGlpvbfn4RVHJhrOgrokp07L9Drr8xJgqC2-DZZ60n7rcAAKmH828MFzMqtLg2in1HoFAxg4ktOgTxrzw8LpSc/s200/1813772-ms.jpg" width="200" /></a><b><span style="color: orange;">Dúvida 01)</span></b> Meu pai lava muito as mãos e tem hábitos repetitivos, o que pode ser? Ele também tem um hábito horrível de cuspir muito, não dentro de casa mas na rua ou quando está no banheiro, na varanda, ele cospe quase que o tempo todo exceto quando está concentrado em algo que ele gosta de fazer. E também fica fazendo barulhos constantes com a boca, além de ser uma pessoa muito repetitiva com suas ações e meio imaturo e infantil. Esses sintomas pode significar o quê? Algum transtorno?</div>
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<b><span style="color: orange;">Leonardo Martins, psicólogo</span>:</b> respondendo a sua pergunta, primeiro é preciso avaliar seu pai,então ir a um psicólogo ou psiquiatra é fundamental. Esses sintomas podem sinalizar um transtorno sim, mas não necessariamente, uma vez que a pessoa pode ter sintomas de um determinado quadro mas não fechar o quadro em si. Por exemplo, uma pessoas pode exibir sintomas depressivos e não ter depressão. Assim como seu pai exibe sintomas de Transtorno Obsessivo Compulsivo, mas somente com a avaliação de um especialista seria possível determinar isso. Muitas pessoas acabam nem procurando um profissional porque acham tão "natural" seu próprio comportamento e desta forma acabam sem ter um diagnóstico, mesmo portando algum tipo de transtorno, porque se adaptam a aprendem a viver com os sintomas. </div>
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<b><span style="color: orange;">Dúvida 02)</span></b> Neste período sofro muito com ansiedade. Sempre fui uma pessoa ansiosa. Qualquer coisa que sinto, penso logo que é problema grave. Faz dias que estou com uma dor de cabeça que apareceu do nada. Estava sentado no sofá quando ela apareceu. Desde esse dia sinto pontadas, pressão no crânio, pressão nos maxilares, ela é mais recorrente no lado esquerdo e tem vezes que a dor é bem forte. O paracetamol não ajuda muito. Estou com muito medo que seja algo pior e com muita ansiedade.</div>
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<b><span style="color: orange;">Leonardo Martins, psicólogo</span>:</b> Questões psicológicas, mentais, podem alterar o funcionamento do nosso corpo, sim. Então quando a ansiedade atinge níveis altos, que extrapolam o que o corpo tolera, começam a surgir sinais, como por exemplo, dores de cabeça, dores musculares, alterações do apetite, do sono, etc. Algumas vezes, no caso de dores de cabeça causadas pela ansiedade, analgésicos funcionam, em outras não, pois o nível de ansiedade é tão elevado que o remédio não faz o efeito que deveria. Existem diversas práticas que ajudam no controle e no alívio do excesso de ansiedade, como horários regulares de sono, atividade física, boa alimentação, lazer. Em alguns casos é indicado buscar um psicólogo, para que ele possa avaliar como essa ansiedade se manifesta, o que a desencadeia e como a pessoa poderia lidar com isso da melhor forma.<br />
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<b><span style="color: orange;">Dúvida 03)</span></b> Tenho tido diversos pensamentos obsessivos, o que posso fazer?<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigKPbM5hByDj3LcO5FV94Z92kYmJZZ8gpfrPQUBHbLu6WFLaiaj79o5CST3awcOgDt33kTSlqzGTcPApuy3NC-47OovE3eQGRYy0ykAZaR-LnH36ZtG6UKV1b8X9yOtxBYd_f2bF4oO4E/s1600/entrevistas-de-emprego-e-suas-perguntas.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="548" data-original-width="550" height="198" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigKPbM5hByDj3LcO5FV94Z92kYmJZZ8gpfrPQUBHbLu6WFLaiaj79o5CST3awcOgDt33kTSlqzGTcPApuy3NC-47OovE3eQGRYy0ykAZaR-LnH36ZtG6UKV1b8X9yOtxBYd_f2bF4oO4E/s200/entrevistas-de-emprego-e-suas-perguntas.jpg" width="200" /></a><b><span style="color: orange;">Leonardo Martins, psicólogo:</span></b> Como saber se esses são pensamentos obsessivos? Bem, em geral pensamentos que se repetem e que geram um desconforto, tem em geral um conteúdo pouco lógico, ou seja, são pensamentos com ideias estranhas, mesmo absurdas, mas o indivíduo acaba aceitando e acreditando e elas tendem a se repetir contra a vontade da pessoa. Se isso está acontecendo com você é necessário buscar ajuda profissional, visto que pensamentos obsessivos são um sintoma, então se faz necessário uma avaliação completa do quadro da pessoa, pois outros sintomas podem estar presentes mas o indivíduo não os percebe ou não reconhece determinados comportamentos/pensamentos como sintoma de algo, somente um profissional vai poder percebe-los. Uma dica é anotar esses pensamentos tal qual eles surgem na mente, para poder mostrar ao profissional (psicólogo ou psiquiatra) e para que você mesmo possa ter mais consciência deles. </div>
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Leonardo Viana de Vasconcelos Martinshttp://www.blogger.com/profile/03931436674689038787noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2484578479513862329.post-56936393849858088002019-10-26T18:21:00.000-03:002019-10-27T11:06:19.796-03:00O DESASTRE DO EDIFÍCIO ANDREA E A ATUAÇÃO DA PSICOLOGIA<div style="text-align: justify;">
No dia 15 de Outubro de 2019 ocorreu o desabamento do Edifício Andrea aqui em Fortaleza, uma tragédia sem precedentes que mobilizou não apenas as autoridades mas toda comunidade para ajudar no resgate das vitimas. Queria tratar nesse texto de como eventos dessa natureza afetam as pessoas e como a psicologia pode intervir para dar o suporte necessário.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2OvpkUD6JzLgvdU6RUqX3_XiAcQsvJucnZ4qOkUU8kw_5jKE-sSM9PUWWr9nGftzeiwEnH7Rv1vGq5wjj-wT3zTnNAs1GQQZoUsktBSbLbYiNiLEDu1QpXKTJhlQLSyzgDkR5eKspQCE/s1600/bimbeira.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="898" data-original-width="1600" height="179" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2OvpkUD6JzLgvdU6RUqX3_XiAcQsvJucnZ4qOkUU8kw_5jKE-sSM9PUWWr9nGftzeiwEnH7Rv1vGq5wjj-wT3zTnNAs1GQQZoUsktBSbLbYiNiLEDu1QpXKTJhlQLSyzgDkR5eKspQCE/s320/bimbeira.jpg" width="320" /></a></div>
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Primeiramente é importante delimitar o que seria uma situação de desastre. Catástrofes acontecem todos os dias, em todas as partes, uma vez que quanto mais complexa é a estrutura que vivemos mais ficamos a merce de eventos dessa natureza, seja por conta do que nós mesmos construímos e criamos, seja obra da natureza. O desastre é uma situação maior que um acidente e acaba mobilizando muito mais gente e seguimentos da sociedade. Muitos grupos e instituições acabam respondendo de maneira rápida a situação de desastre, além disso há uma perda relativa da autonomia diária no momento do desastre, naquela comunidade, naquele local, algo que altera a rotina das pessoas por um período e impede muitas vezes inclusive o ir e vir. No desastre o que é privado torna-se público e como no caso do desabamento do edifício Andrea, a vida daquelas pessoas e toda sua história passou a ser de interesse público, assim como se tornou público o temor causado pelo temor que a tragédia pudesse, de alguma forma, se replicar em outro local, em outro contexto. Tanto que a defesa civil de Fortaleza recebeu um número recorde de denúncias para vistoria de edificações. Por fim, no desastre é estabelecido um plano de ação através das autoridades competentes para lidar com o evento, da forma mais ágil e eficiente o quanto for possível.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjekOx-j96InqUpRkDRdPGzWqlvoVZSeCaMk67X-qOVeyF9ecaF3NNK8d2D6RQcvjEcCuFWGzJTHEzqD6tEk2dnwQYU2Cffs44w4Sbp_fHJgego5iiZ9g4PZUYbTTM_YdOFzbsvTLK68sY/s1600/desabamento-fortaleza_01-1280x720.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjekOx-j96InqUpRkDRdPGzWqlvoVZSeCaMk67X-qOVeyF9ecaF3NNK8d2D6RQcvjEcCuFWGzJTHEzqD6tEk2dnwQYU2Cffs44w4Sbp_fHJgego5iiZ9g4PZUYbTTM_YdOFzbsvTLK68sY/s320/desabamento-fortaleza_01-1280x720.jpg" width="320" /></a>No âmbito de qualquer desastre ocorrem perdas e é preciso lidar com elas, visto que não apenas as vítimas são afetadas, mas a comunidade como um todo. Tragédias como inundações, deslizamentos de terra, desabamentos, incêndios de grandes proporções, geram uma resposta rápida da comunidade no sentido de fornecer amparo e suporte as vítimas, num primeiro momento sendo algo mais de suprir necessidades básicas como agasalhos, comida, água remédio, abrigo. Depois, pensamos nas questões médicas, psicológicas, sociais e como essa intervenção pode acontecer. Em geral sempre temos profissionais voluntários dispostos a colaborar nesse processo, numa demonstração humanitária de empatia e auxílio ao próximo. Quando se prensa numa intervenção da psicologia em situações de emergência e desastres é preciso avaliar alguns pontos importantes: o objetivo dessa intervenção, a duração dessa intervenção, a relevância e o impacto. O que buscamos com essa intervenção? No caso do edifício Andrea era fornecer apoio psicológico as vítimas e outras pessoas afetadas pela tragédia. Moradores das proximidades, vizinhos, transeuntes e inclusive profissionais que trabalharam no resgate ou contribuíram de alguma forma acabam sendo impactados psicologicamente pelo evento.<br />
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Os bombeiros, por exemplo, que trabalham mais diretamente com o resgate em si tem uma expectativa muito grande de resgatar as vitimas com vida, embora na avaliação momento a momento da situação percebam que essas chances vão reduzindo, principalmente com a passagem do tempo. No caso do edifício Andrea foram toneladas de escombros que mesmo com os aparatos adequados levam tempo para serem removidos. É um trabalho lento, que causa um enorme desgaste físico e psicológico a esses profissionais. Não é ao acaso que existe um número elevado de suicídio e tentativas de suicídio dentro da corporação, visto que são profissionais que lidam diretamente com a vida de outras pessoas, que se empenham ao máximo para salvar vidas, o que nem sempre é possível, e muitas vezes a sensação de falha por não resgatar uma vítima com vida pode se transformar em culpa, frustração e dependendo da estrutura psicológica e emocional de cada indivíduo tomar uma dimensão maior, podendo chegar a uma psicopatologia.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiteSeJ1-BdrGRf2UivfvONe3DdLt5XoZgqfh6NtwLpHcstgUxDKNzQpg25hVL2bGvfgvMQ-3LGdcWn0gidpzGzXqWesAg2oBz5lq3qWEeP5KrbHbV-Zq5MW4I1SXBypTfqUmQJTzIcS7c/s1600/resgate-quinta-helene-santos-2.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="750" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiteSeJ1-BdrGRf2UivfvONe3DdLt5XoZgqfh6NtwLpHcstgUxDKNzQpg25hVL2bGvfgvMQ-3LGdcWn0gidpzGzXqWesAg2oBz5lq3qWEeP5KrbHbV-Zq5MW4I1SXBypTfqUmQJTzIcS7c/s320/resgate-quinta-helene-santos-2.jpeg" width="320" /></a></div>
Situações de desastre como a do edifício Andrea geram nas pessoas uma sensação grande de angústia por conta daquela mudança inesperada causada pelo evento, que modifica o cotidiano e a vida das pessoas ao redor, de alguma forma, gerando um sentimento de desamparo e medo do desconhecido, sobre o que vai ou pode acontecer. A psicologia voltada para situações emergenciais entra com a atuação de proporcionar a expressão desses sentimento e de outros que surgem. Medo, raiva, tristeza, o apoio psicológico em momento de crise não pode ser confundido com psicoterapia, aquele método que ocorre no consultório. É uma intervenção diferente, pontual, limitada no tempo e no espaço, segundo a teoria da crise. É uma escuta que facilita que o sujeito, num momento de dor, perda, tristeza, angústia, possa pensar melhor em algumas possibilidades naquele momento ao mesmo tempo que entra no movimento de se reorganizar internamente.<br />
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A relevância da intervenção da psicologia em situações de desastre vem justamente na possibilidade que gera de amparo a cada individuo que está direta ou indiretamente envolvido no evento, abrindo caminho para que ele tenha o suporte para passar pela tragédia naquele período presente e que, caso necessário, prossiga com o acompanhamento psicológico no futuro, tendo claro suas necessidades individuais. Todos que passam por algo dessa magnitude estão sujeitos a um transtorno chamado Transtorno de Estresse Pós Traumático (TEPT). Acreditava-se que somente soldados que passavam por situações intensas em guerras e conflitos armados desenvolviam o TEPT, mas hoje sabe-se que diversos tipos de situações traumáticas podem levar o indivíduo a desenvolver um quadro de TEPT. O acompanhamento psicológico após situações como essa podem minimizar esses sintomas e dar suporte para que a pessoa se recupere mais rápido da situação traumática.<br />
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Gostaria de finalizar esse artigo parabenizando todos os profissionais e voluntários que se mobilizaram para ajudar no resgate das vítimas, para auxiliar os bombeiros no difícil trabalho de procurar sobreviventes e retirar toneladas de escombros, a profissionais de várias áreas que se engajaram para prestar qualquer tipo de auxílio nessa situação calamitosa. Em especial, gostaria de parabenizar os bombeiros. Muitos estiveram lá por dias, sem voltar pra casa, sem ver suas famílias, dando o máximo de si para tentar salvar uma vida que fosse. Precisamos mais de pessoas assim, precisamos valorizar essa humanidade para podemos melhorar como sociedade.<br />
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Referências:<br />
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http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832015000200287&lang=pt<br />
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American Psychiatric Association. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais DSM-5. Porto Alegre: Artmed;2014.<br />
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Noal D, Vicente LN, Weintraub ACAM, Knobloch F. A atuação do psicólogo em situações de desastres: algumas considerações baseadas em experiências de intervenção. Entrelinhas [Internet]. 2013 [acesso 2013 Jul 1]; 13(62):4-5. Disponível em: http://www.crprs.org.br/upload/edicao/arquivo57.pdf </div>
Leonardo Viana de Vasconcelos Martinshttp://www.blogger.com/profile/03931436674689038787noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2484578479513862329.post-80864346772069720022019-09-09T11:00:00.003-03:002019-09-09T11:09:27.945-03:00ENTREVISTA NA RÁDIO UNIVERSITÁRIA SOBRE O SETEMBRO AMARELO<div style="text-align: justify;">
Nesse mês de setembro são realizadas uma série de ações como palestras, rodas de conversa, entrevistas, etc, todas visando divulgar a causa da prevenção do suicídio, informar e esclarecer a população acerca desse fenômeno e como buscar ajuda para si mesmo ou para alguém que esteja precisando. Estive na rádio universitária da Universidade Federal do Ceará para gravar uma entrevista com a jornalista Carolina Areal, no qual eu esclareci muitos desses pontos. Deixo abaixo a entrevista transcrita na íntegra.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlwkXrhe5pFfoO8WiZZTDdhLjPHYesnPgQjUpvi7fnKotK8QIj10IXMRLL_vYN7qUM9jah9d5npvEWW0630aooH_9rPqDOdSmWsB3NqjVPUEr9BKGQFVIr2s0TNaAm-rpWK5BCvniaIgk/s1600/entrevista-radio-05-09-19.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlwkXrhe5pFfoO8WiZZTDdhLjPHYesnPgQjUpvi7fnKotK8QIj10IXMRLL_vYN7qUM9jah9d5npvEWW0630aooH_9rPqDOdSmWsB3NqjVPUEr9BKGQFVIr2s0TNaAm-rpWK5BCvniaIgk/s320/entrevista-radio-05-09-19.jpg" width="320" /></a></div>
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<b>CAROLINA</b>: O Setembro Amarelo é realizado desde 2015 e é uma campanha de prevenção do suicídio. Neste mês, ações de promoção a saúde mental ganham força e o trabalho de centros que oferecem ajuda a quem precisa recebe mais destaque. Leonardo, qual o impacto da campanha Setembro Amarelo ao longo desses 4 anos? </div>
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<b>LEONARDO</b>: Na verdade, essa data de 2015 é nacional, mas desde de 2007 com a criação do PRAVIDA como programa de extensão da Universidade Federal do Ceará temos atuado em prol da prevenção do suicídio. E desde 2009 o PRAVIDA realiza em setembro a Caminhada pela Vida como forma de chamar a atenção das autoridades e de sensibilizar a população para a problemática da prevenção de suicídio. Então são 10 anos de mobilização em prol da vida. Eu estou no PRAVIDA desde 2016 e nesse período eu já pude constatar uma mudança muito expressiva. Quando eu era aluno do curso de psicologia, eu passei anos na universidade e nunca tive uma aula sobre suicídio, nunca vi uma palestra, nada. Zero de informação. E psicologia, um curso onde você cuida do bem estar mental do outro, deveria ter isso. Mas no meu tempo, em meados de 2001 isso ainda era muito tabu, em pleno século 21! Mas eu acredito piamente, que o trabalho do PRAVIDA foi fundamental para reverter essa triste realidade. Eu percebo uma crescente mudança inclusive acadêmica onde as faculdades e universidades estão abrindo espaço para palestras, cursos, formações, onde esse tabu vem sendo substituído pelo conhecimento cientifico. E mais que isso, percebo a adesão de diversos setores da sociedade, engajados e abertos para discutir estratégias para ampliar a prevenção de suicídio, não apenas na cidade de Fortaleza, mas também no Estado do Ceará como um todo. E o PRAVIDA foi o grande responsável, pois acolhe extensionistas de todas as faculdades, de diferentes categorias profissionais, desempenhando um trabalho interdisciplinar. E a sociedade tem entendido mais a importância de debater o tema, as pessoas tem, a cada ano, ampliado sua participação na nossa caminhada anual em prol da vida e isso é maravilhoso. Sempre pensamos e nos preocupamos em como não apenas mobilizar as pessoas para a causa da prevenção do suicídio, mas também em como podemos estender isso ao maior número de pessoas possível. Então eu fui parte dessa história e pude ver como aumentou esse engajamento, das pessoas, dos profissionais, das entidades e organizações. Então são 15 anos de PRAVIDA, desses são 10 anos de Caminhada do Pravida buscando sensibilizar a sociedade e são 3 anos que eu posso compartilhar dessas mudanças e contribuir para esse programa tão lindo que é o PRAVIDA.</div>
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<b>CAROLINA</b>: De acordo com a Organização Mundial da Saúde, mais de 90% dos casos de morte por suicídio estão associados a distúrbios mentais. Leonardo, que ações preventivas são fundamentais para reverter esse quadro?</div>
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<b>LEONARDO</b>: Eu e o Dr. Fábio costumamos dizer que é 100%, porque na nossa prática clínica, todos os pacientes, sem exceção, que estão com ideação suicida ou que tentaram suicídio em algum momento tem algum tipo de transtorno mental. O grande desafio em relação aos transtornos mentais é o diagnóstico e o tratamento. Nem sempre o diagnóstico é feito, porque nem sempre existe uma procura pelo tratamento ou por profissionais especializados. Tive um paciente, por exemplo, que foi para a igreja, não resolveu, comprou livros de auto ajuda, não resolveu, foi para o centro espírita, não resolveu. Não conseguia mais trabalhar nem desempenhar suas atividades. Depois de 6 meses, finalmente ele teve a consciência que precisava buscar um psicólogo e foi quando eu comecei a trata-lo. O tempo que ele levou até decidir buscar ajuda profissional foi até razoável, algumas pessoas levam anos para fazer isso. E alguns morrem antes de fazer, justamente porque não buscaram um profissional capacitado. Depois de alguns meses meu paciente estava bem, era outra pessoa, retomou sua vida e segue muito bem. Mas o diagnóstico é importante para entender como aquela pessoa funciona. Você não é a depressão, você está com transtorno depressivo, por exemplo. E sabendo como a depressão se manifesta sabemos como tratar, sabemos como orientar a família e o próprio paciente acerca do seu problema. E o tratamento é justamente o cuidado com esse diagnóstico e com o paciente, através de medicamentos prescritos pelo médico psiquiatra e através do processo de psicoterapia, realizado pelo psicólogo. A adesão ao tratamento é fundamental para que o paciente se reorganize e possa viver bem. Alguns transtornos mentais podem ser evitados, na medida que o indivíduo tenha uma boa qualidade de vida, alimentação saudável, pratique atividade física, evite uso de drogas, evite o abuso do álcool, evite situações contínuas de estresse e desgaste físico e emocional, tenha momentos de lazer e socialização com seus amigos. Tudo isso pode auxiliar na prevenção não apenas de alguns transtornos ou pelo menos minimizar seus efeitos, como facilitar a prevenção do suicídio.</div>
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<b>CAROLINA</b>: No Brasil, 32 pessoas morrem por suicídio por dia, o que equivale a uma pessoa a cada 45 minutos. No mundo, uma pessoa morre por suicídio a cada 40 segundos. Que estratégias devem ser usadas para evitá-lo?</div>
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<b>LEONARDO</b>: A primeira são essas campanhas informativas como o setembro amarelo, para conscientizar a população, para trazer informações claras e respaldadas nos estudos científicos. Essa é a porta de entrada para alguém que está em sofrimento, com pensamentos de morte, buscar efetivamente ajuda. Depois é preciso haver políticas públicas eficazes: treinamento técnico para os profissionais de saúde, da educação e de outras áreas onde haja necessidade. Fortalecer e ampliar a rede de saúde mental, melhorando a estrutura dos CAPS, dos centros de distribuição de medicamentos para pacientes do CAPS. Temos uma estrutura que precisa ser melhorada, é importante que haja mais investimentos em saúde mental. Para além disso temos a conscientização individual. Primeiro tendo bons hábitos de saúde, para evitar a incidência de transtornos mentais. Segundo, no caso de haver um possível transtorno buscar os profissionais capacitados para tratar e aderir ao tratamento. Ainda existe a predominância de uma cultura machista onde o homem tem que sofrer sozinho e calado e que buscar esse tipo de ajuda é sinal de fraqueza. Mas na medida que aquela pessoa não procura ajuda por conta da fantasia de que isso possa afetar sua masculinidade ela abre a possibilidade para vivenciar mais dor e até mesmo, tentativas de suicídio. Como profissional de saúde eu afirmo, não é sinal de fraqueza nem demérito ir a um psicólogo, psiquiatra e falar dos seus problemas, falar de como se sente, para que junto a esse profissional você possa encontrar formas mais adaptadas de lidar com seus problemas e ter uma vida mais equilibrada. Nós também incentivamos que as pessoas conversem, que os alunos conversem mais com seus professores e vice versa, que as famílias estejam mais abertas ao diálogo, porque ele é uma ponte importante para entender o que pode estar acontecendo com o outro. Não apenas isso, a socialização é importante para nos tirar de uma possível ilha de isolamento onde cada vez mais as pessoas se inserem. ]</div>
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<b>CAROLINA</b>:Quais os principais mitos que envolvem a morte por suicídio?</div>
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<b>LEONARDO</b>: Vou falar um pouco dos mitos que eu considero mais relevantes. O primeiro é uma noção que as pessoas tem no senso comum de que o suicida só quer chamar a atenção. Na verdade é a forma que a pessoa encontrou de pedir ajuda, pois quando ela fala que a vida não vale a pena ser vivida, que ela deseja morrer ela está te informando claramente que ela está em sofrimento. Então quando alguém diz que quer se matar é preciso haver uma escuta, um acolhimento e uma ação para direcionar aquela pessoa. E aí puxamos também outro mito, de que o suicídio vem sem aviso, que é um ato impulsivo. Algumas pessoas podem sim cometer atos impulsivos que leve a morte delas, mas o fenômeno suicida se manifesta de várias formas, deixando várias pistas. A pessoa que está pensando em cometer suicídio ela avisa, mas é preciso estar atento a esses comportamentos. Principalmente mudanças muito evidentes, isolamento, tristeza intensa durante um longo período, agressividade, mudanças significativas no apetite e no sono. E mais ainda as frases de alerta, quando a pessoa deixa claro, verbalmente que gostaria de morrer, que preferiria estar morta. E por fim, muitos pensam que falar sobre suicídio é um incentivo ao ato. Esse é um grande mito, porque falar sobre o problema, permite que a pessoa expresse seu sofrimento, fale de como se sente e isso abre a possibilidade dela encontrar apoio e ajuda profissional. Logo, falar é fundamental para quebrarmos esse tabu e facilitar com que as pessoas possam ser ouvidas na sua dor.</div>
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<b>CAROLINA</b>: Na campanha vocês falam em 4 Ds. Quais são os 4Ds?</div>
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<b>LEONARDO</b>: Os 4 Ds são: Depressão, desamparo, desespero e desesperança. A depressão nesse caso pode ser tanto o transtorno depressivo quanto um sentimento de tristeza profunda, isso porque é importante deixar claro que nem todo paciente que tem depressão tem ideação suicida, embora a depressão esteja associada ao suicídio. Mas o fato é que a pessoa está vivenciando uma dor emocional profunda, e essa dor gera os pensamentos de morte como forma de se libertar. O desemparo é a sensação de isolamento, de sentir que está sozinho e que não há ninguém para ajudar. Por isso é importante ter uma postura acolhedora com alguém que está em sofrimento psicológico, fazer essa pessoa sentir que alguém ali está preocupado com ela e com seu bem estar. O desespero é a sensação de angústia que domina a pessoa, um mal estar emocional tão intenso que em muitos momentos é difícil suportar e acontece mais durante à noite. Se aquela pessoa tem alguém para conversar essa angustia pode ser esvaziada um pouco e há um alívio, daí a importância de podermos ouvir um pouco o outro para ajudar nesse processo. A desesperança é a sensação de que não há o que ser feito, de que aquilo nunca vai se resolver, que a situação não vai mudar. Nem todas as situações mudam e nem sempre podemos muda-las, isto é um fato, todavia podemos nos mudar e alterar a forma como lidamos com elas. E um dos processos fundamentais para isso é o tratamento, principalmente o fazer terapia com um psicólogo. O processo de terapia vai atuar nos 4 Ds, para minimizá-los e auxiliar o indivíduo a sair da crise e recuperar seu equilíbrio.</div>
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<b>CAROLINA</b>: Quais os grupos e centros que oferecem ajuda para pessoas com pensamentos suicidas?</div>
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<b>LEONARDO</b>: Na rede pública, a porta de entrada são os postos de saúde, os PSFs. Mas a pessoa pode buscar o CAPS da sua região para ser avaliado e receber o tratamento. Além disso temos o Instituto Bia Dote, que realiza atendimento e acolhimento gratuito dessas demandas. O PRAVIDA, do qual faço parte não é uma porta de entrada direta. Isto porque somos um programa de extensão da universidade e recebemos demandas de Fortaleza e de todo Estado do Ceará, o que é impossível de dar conta. Por isso capacitamos outros serviços para que possamos dividir essa carga. Para o paciente chegar ao PRAVIDA ele precisa ser encaminhado de outros serviços específicos, principalmente do IJF com o qual temos uma importante parceria. Além desses locais temos as clínicas escolas das faculdades de psicologia espalhadas pela cidade. No caso da pessoa poder arcar com o tratamento particular ela deve procurar um psicólogo ou psiquiatra.</div>
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<b>CAROLINA</b>: Como um parente ou amigo pode identificar que alguém está passando por problemas e ideias suicidas? Como evitar que isso se concretize?</div>
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<b>LEONARDO</b>: A pessoa que está com ideação suicida ela apresenta uma série de mudanças de comportamentos. Os mais evidentes são isolamento, alterações no apetite e no sono, na libido, agressividade, tristeza muito persistente durante um longo período, queda no rendimento das atividades, sejam escolares, seja no trabalho. Essas pessoas podem, em algum momento, não conseguir mais exercer suas atividades cotidianas, seja cuidar da casa, estudar trabalhar, isso é um comportamento bem evidente e que sinaliza que algo está errado. Outra forma de detectar é a partir do que a pessoa fala. Falar muito em morte, no desejo de morrer ou estar morto é um importante sinal. Sinais mais sérios como encontrar cartas de despedida, ou no caso da pessoa começar a se desfazer de seus pertences já é um alarme de que algo muito sério está acontecendo e uma providência precisa ser tomada para preservar a integridade daquela pessoa. O suicídio, em mais de 90% dos casos pode sim ser evitado, quando há a detecção do problema e logo em seguida o paciente ser encaminhado para o tratamento. Tendo o devido apoio familiar, aderindo ao tratamento e seguindo as orientações dos profissionais psiquiatras e psicólogos, o paciente sai da crise e é capaz de retomar sua vida.</div>
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<b>CAROLINA</b>: Qual a importância de falar sobre o suicídio?</div>
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<b>LEONARDO</b>: O suicídio sempre foi um grande tabu na sociedade ocidental, por se tratar de um ato muitas vezes violento e incompreensível. As pessoas tentam entender porque aquele ato ocorreu, mas esse entendimento nunca chega a uma resposta definitiva, o que alimenta uma série de fantasias acerca daquela morta. Além disso, a dor da perda por suicídio que se instala depois é incomensurável. E assim, as pessoas iam escondendo sua dor, sofrendo sozinhas. E assim, foi nascendo o tabu em falar sobre o suicídio, pois o fato de não conseguir entender e explicar o problema gerava o medo de replicá-lo, ou seja, as pessoas também tinham medo que falando isso pudesse gerar mais suicídios. Mas isso é um engano. É preciso falar sim sobre a dor emocional, sobre o sofrimento psicológico, pois quando você falar, você não apenas está tirando algo que iria se acumular dentro de você, mas também está dividindo com alguém esse peso. Dividir essa dor ajuda a suportá-la. Para além disso, falar vai deixando claro o quanto aquela pessoa precisa de ajuda profissional, visto que hoje sabemos que um dos grandes fatores de risco para o suicídio é existência de um transtorno mental. E o que é um transtorno mental? Depressão, esquizofrenia, transtornos de ansiedade, de personalidade, de dependência química. E somente com tratamento adequado e especializado é possível tratar e devolver a qualidade de vida para essas pessoas. E quando falamos para alguém que pensa em tirar a própria vida para buscar ajuda, estamos abrindo essa porta, estamos dando essa possibilidade de que a morte não é a solução, mas que existem outras soluções possíveis. Daí a importância de campanhas como essa do setembro amarelo. Então quanto mais a gente falar, explicar, mais as pessoas vão assimilar que não precisam sofrer caladas e que podem buscar ajuda.</div>
Leonardo Viana de Vasconcelos Martinshttp://www.blogger.com/profile/03931436674689038787noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2484578479513862329.post-86046594142759334132019-08-20T11:19:00.000-03:002019-08-20T11:29:30.746-03:00PREVENÇÃO DE SUICÍDIO E O SETEMBRO AMARELO<div style="text-align: justify;">
Sabemos que o suicídio, atualmente é um dos fenômenos em saúde mental que mais tem crescido, infelizmente, devido a uma série de fatores, uma vez que é uma problemática multideterminada com muitas variáveis que influenciam o comportamento do indivíduo. </div>
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Segundo a Organização Mundial da Saúde- OMS, cerca de 800 mil pessoas se suicidam a cada ano, o que nos dá a média de uma morte a cada 40 segundos. São números assustadores. Aqui no Brasil em média são 12 mil suicídios por ano em todo país, o que é bem significativo. E para cada pessoa que comete suicídio, 20 tentam se matar. E para cada morte por suicídio, me média 60 pessoas são afetadas diretamente, experienciando sintomas de luto que podem levar a estados depressivos e também a novas tentativas de suicídio. </div>
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Esses números são apenas uma amostra do problema que enfrentamos em relação a isso e é por isso que em setembro nos temos a campanha do Setembro Amarelo, iniciada aqui em Fortaleza- Ce no ambulatório de saúde mental do Hospital Universitário Walter Cantídio da Universidade Federal do Ceará, mas que logo ganhou o Brasil. A campanha é composta pela mobilização de diversas instituições e setores organizados da sociedade com o único objetivo de levar informação para a população leiga, acerca dos problemas de saúde mental e do fenômeno do suicídio. São realizados eventos, rodas de conversa, palestras, cursos, em sua grande maioria abertos ao público em geral, com o papel de informar melhor acerca do que é o suicídio e de como prevenir. </div>
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Dois grandes eventos são realizados no período do Setembro Amarelo: o evento de abertura e a caminhada. A caminhada, tradicionalmente ocorre há alguns anos na orla de Fortaleza, onde são distribuídos informativos para as pessoas e chamamos a atenção de toda a sociedade para a importância da causa. Convido a todos de Fortaleza a participar desses momentos, abaixo, seguem as informações desses eventos.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSe2q5BZRzpuCpxat1AEWVNAetgQFOi4ZQjbzVJNsiIs1WqJPupQ0zQ-gszFMedRvC1LjdotwwMjDCS9MCANuW7NmwDRZskvzYp4iJIDzUDFiDfguMcX_Uciml-jAjQAAIhNZCppD89KE/s1600/IMG-20190819-WA0006.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="554" data-original-width="750" height="295" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSe2q5BZRzpuCpxat1AEWVNAetgQFOi4ZQjbzVJNsiIs1WqJPupQ0zQ-gszFMedRvC1LjdotwwMjDCS9MCANuW7NmwDRZskvzYp4iJIDzUDFiDfguMcX_Uciml-jAjQAAIhNZCppD89KE/s400/IMG-20190819-WA0006.jpg" width="400" /></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi34CBYwnqN8gQ26RXJsVWUtvQzYDUYzKEEvkrL-Sw64BUS5uMEldmaMsaKsfpt2zu9VxsTff1Nbyb6nlFIF8megRgWN1chx9u2xVGCJU9H5gTvKAqvLe6x6e1CaFpW2888a5HSlWxjwtw/s1600/IMG-20190819-WA0072.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1280" data-original-width="905" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi34CBYwnqN8gQ26RXJsVWUtvQzYDUYzKEEvkrL-Sw64BUS5uMEldmaMsaKsfpt2zu9VxsTff1Nbyb6nlFIF8megRgWN1chx9u2xVGCJU9H5gTvKAqvLe6x6e1CaFpW2888a5HSlWxjwtw/s400/IMG-20190819-WA0072.jpg" width="282" /></a></div>
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Leonardo Viana de Vasconcelos Martinshttp://www.blogger.com/profile/03931436674689038787noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2484578479513862329.post-65957493481639027842018-11-28T09:45:00.002-03:002019-09-09T11:11:17.353-03:005 ORIENTAÇÕES IMPORTANTES PARA QUEM TEM TRANSTORNO BIPOLAR<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieB4o4QkKd2Kmw3a95D_KU4dJdC1tV8sj0d2_KxansitL2w7gV1hoNkDqe0UNKJ7fA0qHNkdbKSml4prSVYBUgnqK0_5nzLTGgrJyjwFUyTebhb_AvomBZGXHxLoQ85wXrFcOZIMlz7SU/s1600/Transtorno%252BBipolar%252BAfetivo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1600" height="179" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieB4o4QkKd2Kmw3a95D_KU4dJdC1tV8sj0d2_KxansitL2w7gV1hoNkDqe0UNKJ7fA0qHNkdbKSml4prSVYBUgnqK0_5nzLTGgrJyjwFUyTebhb_AvomBZGXHxLoQ85wXrFcOZIMlz7SU/s320/Transtorno%252BBipolar%252BAfetivo.jpg" width="320" /></a></div>
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Hoje gostaria de falar com vocês sobre Transtorno Bipolar. Para quem não leu ainda sobre o que é esse transtorno mental, pode acessar a matéria completa aqui no blog clicando <a href="http://psicologizzano.blogspot.com/2018/05/o-que-e-o-transtorno-bipolar.html" target="_blank">aqui</a>! Meu objetivo hoje aqui é falar um pouco sobre como o paciente, devidamente diagnosticado com esse transtorno, pode ter uma melhor qualidade de vida, através de dicas simples que se seguidas com empenho irão se reverter em ganho para a pessoa. Vamos lá!</div>
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5 orientações para conviver bem com o Transtorno Bipolar:</div>
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<b>1-TOME AS MEDICAÇÕES REGULARMENTE</b>: O Transtorno Bipolar (TB) é um transtorno crônico e por esse motivo irá acompanhar o paciente por toda vida. Daí a adesão ao tratamento ser um ponto muito relevante nesse processo, e o tratamento inclui acompanhamento psiquiátrico e psicológico, mas nem todos os pacientes aderem a ambos, infelizmente. São os medicamentos que vão proporcionar o controle dos sintomas, reduzir a gravidade dos episódios de mania e depressão. Quando o paciente passa a tomar regularmente as medicações as alterações de humor passam a ser mais espaçadas, e a intensidade dos sintomas diminui. O uso regular também permite que seu médico psiquiatra possa ajustar a dose corretamente, proporcionando assim a redução de possíveis efeitos colaterais e dá mais segurança a esse profissional em relação a dose que o paciente necessita. Evite comparações com outros pacientes, cada pessoa reage diferente à medicação.</div>
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<b>2- DORMIR BEM</b>: Apesar de ser uma dica importante para qualquer ser humano, o paciente com transtorno bipolar é mais sensível a alterações no ciclo de sono-vigília, o que gera estresse que pode potencializar crises maníacas ou depressivas. Então ter um horário estabelecido para dormir é fundamental, pois gera um hábito no organismo em que o cérebro identifica que aquele é o horário de repouso. Evite ingerir bebidas estimulantes depois das 18h, e qualquer líquido próximo do horário que você for deitar para dormir. Líquidos ingeridos nesse horário aumentam as chances de interromper o sono para ir ao banheiro. Evite refeições pesadas, gordurosas, de difícil digestão, muito condimentadas, próximo da hora de dormir. Evite fazer exercícios muito extenuantes perto do horário de dormir. Cuide para que o ambiente em que dorme seja confortável, arejado, sem estímulos (barulhos, variações de temperatura, etc) que possam atrair sua atenção ou acordar você durante o sono. Evite o celular próximo da cama, assim como TVs ligadas. Por fim, a cama deve ser um lugar reservado para o descanso ou para praticar relações sexuais, evite fazer refeições na cama ou trabalhar nela. </div>
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<b>3-EVITE O ESTRESSE</b>: esse item pode se provar realmente desafiador, como evitar o estresse numa sociedade como a nossa? O problema é que eventos estressantes desempenham um papel significativo dos episódios depressivos e maníacos do paciente com TB. Ter uma rotina é importante pois ajuda a organizar o cotidiano, regular o relógio biológico, etc. Uma agenda ajuda bastante a organizar-se, para evitar sobrecarga de tarefas ou esquecer tarefas, controlando melhor os níveis de atividades e responsabilidades do dia a dia. Outra forma de lidar com o estresse é procurar um psicólogo e fazer psicoterapia. Esse procedimento pode contribuir muito para o paciente identificar melhor os fatores que geram estresse e o profissional psicólogo auxilia ativamente na elaboração de estratégias efetivas para enfrentar essas situações.</div>
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4-<b>EVITE O USO DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS</b>: uma dificuldade encontrada por grande parte dos pacientes com TB é justamente evitar o álcool. Uma parcela considerável dessas pessoas já fazia uso abusivo do álcool antes e depois do diagnóstico. O problema do álcool é que pode levar a problemas no fígado, alterações do funcionamento cerebral, convulsões, perda de memória, comprometimento cognitivo, depressão entre outros. Além do mais se o paciente está tomando a medicação para controlar os sintomas do TB ele pode experienciar náusea, vômitos, alterações da consciência e reduzir significativamente a eficácia das medicações. Outras drogas, como a maconha, que é amplamente usada, dificulta a adesão ao tratamento, diminui a eficácia de certos medicamentos por conta das interações farmacológicas e seu uso contínuo pode potencializar o surgimento de sintomas psicóticos no paciente (o paciente começa a delirar, alucinar, ficar paranoico, etc). Cocaína e crack podem agravar os sintomas maníacos ou depressivos, deixa o indivíduo mais agressivo, inconsequente, impulsivo, assim como aumenta o risco de internações e tentativas de suicídio. Logo, evitar essas substâncias só vai agregar a um bom prognóstico do paciente e melhorar muito sua qualidade de vida.</div>
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<b>5-PRATIQUE ATIVIDADE FÍSICA</b>: estudos mostram que pacientes com TB tem risco aumentado de desenvolver doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade e câncer. Quanto mais comorbidades, pior o prognóstico do paciente com TB. Por isso indicamos a prática de atividade física, pois é fonte de benefícios físicos e mentais, além de diminuir a probabilidade do surgimento das doenças que citei acima, alivia os sintomas depressivos, melhora o humor e a performance das atividades diárias, além de regular o sono e reduzir o nível de ansiedade. Mas o que ocorre com a prática de atividade física que melhora tanta coisa no nosso organismo? Quando fazemos exercícios nosso organismo produz endorfinas e neurotransmissores que melhoras o humor e reduzem os níveis do cortisol, hormônio associado ao estresse. Então não importa qual, musculação, corrida, pedaladas, mas pratique uma atividade física para se beneficiar desses efeitos. </div>
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Espero que agora, com essas orientações, você que tem TB possa dar mais atenção a sua saúde, cuidar mais de si e ter uma vida mais regrada e saudável, porque no fim só depende de você e das suas escolhas. E que as pessoas que tem algum amigo ou parente que tenha esse transtorno possam sensibilizá-los para essas mudanças.<br />
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<br />
REFERÊNCIAS:<br />
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<div style="text-align: justify;">
Souza, Fábio GM. (Org.). Você tem transtorno bipolar? Fortaleza: Premius, 2017.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
American Psychiatric Association. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais DSM-5. Porto Alegre: Artmed;2014.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Souza FGM. Tratamento do transtorno bipolar - Eutimia. Rev Psiquiatr. Clín. 2005;32 (Suppl.10):63-70.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Lex C, Bazner E, Meyer TD. Does stress play a significant role in bipolar disorder? A meta-analysis. J Affect Disord. 2017;208 (August 2016): 298-308.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Berutti M, Dias RS, Pereira VA, Lafer B, Nery FG. Association between history of suicide attempts and family functioning in bipolar disorder. Journal of Affective Disorders. 2016;192:28-33.</div>
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Leonardo Viana de Vasconcelos Martinshttp://www.blogger.com/profile/03931436674689038787noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2484578479513862329.post-20801455183249796022018-10-01T10:49:00.001-03:002018-10-09T10:41:41.261-03:00RÁDIO DEBATE- PREVENÇÃO DE SUICÍDIO: TEMAS ATUAISOlá a todos! Estou disponibilizando aqui mais uma das minhas participações nos eventos de setembro, da campanha do #SetembroAmarelo, onde falei na rádio universitária sobre prevenção de suicídio e muitas outras coisas relacionadas.<br />
<br />
Informações sobre o programa:<br />
<br />
Programa Rádio Debate: terça-feira, 25 de setembro de 2018<br />
<br />
Tema: Prevenção do suicídio – Setembro Amarelo (Programa 2)<br />
<br />
Debatedor:<br />
Leonardo Martins: psicólogo, especialista em Psicodiagnóstico, supervisor do Programa de Apoio à Vida (PRAVIDA), da Universidade Federal do Ceará (UFC)<br />
<br />
Apresentação: Pedro Vítor<br />
Produção: Raquel Chaves<br />
Transmissão: Universitária FM (107.9 FM)<br />
www.radiouniversitariafm.com.br<br />
Twitter: @radiodebate<br />
<br />
Para ouvir, clique no play ou faça o <a href="http://www.mediafire.com/file/00ju28s3ob896tu/R%E1dio_Debate_25.9.18_Preven%E7%E3o_suic%EDdio_2.mp3/file" target="_blank">download</a>.<br />
<br />
<iframe allow="autoplay" frameborder="no" height="300" scrolling="no" src="https://w.soundcloud.com/player/?url=https%3A//api.soundcloud.com/tracks/507821088&color=%23ff5500&auto_play=false&hide_related=false&show_comments=true&show_user=true&show_reposts=false&show_teaser=true&visual=true" width="100%"></iframe>Leonardo Viana de Vasconcelos Martinshttp://www.blogger.com/profile/03931436674689038787noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2484578479513862329.post-47323856900173207902018-10-01T10:09:00.002-03:002018-10-09T10:42:14.312-03:00LANÇAMENTO DO O LIVRO- PREVENÇÃO AO SUICÍDIO: TEMAS RELEVANTES<div style="text-align: justify;">
Olá a todos! Primeiro gostaria de justificar minha ausência, esses últimos meses foram muito intensos! Primeiro, estava finalizando minha participação no livro "Prevenção ao Suicídio: Temas Relevantes", do PRAVIDA. Escrever um livro científico não é fácil, e tomou muito do meu tempo livre. Depois veio o mês de setembro com a campanha do Setembro Amarelo, onde fazemos muitas palestras para conscientizar sobre a prevenção do suicídio na sociedade durante o mês inteiro e isso também tomou muito do meu tempo livre. O saldo de tudo isso foi muito positivo. Compartilho agora com vocês o livro!</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSYab3COdX4ljS9HJkQsgxp63WN_TRWyhLVYNq_gFel9G5yskbr5D7f1z306yaXN6PDQT-zJRKA0HAdKP-aHs-mEvmggo1rzSd0WCPg9RnkVZl-8oU5XzdivJ2R-LgtvOcPMFV2NUxYuw/s1600/IMG-20180914-WA0079.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="1280" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSYab3COdX4ljS9HJkQsgxp63WN_TRWyhLVYNq_gFel9G5yskbr5D7f1z306yaXN6PDQT-zJRKA0HAdKP-aHs-mEvmggo1rzSd0WCPg9RnkVZl-8oU5XzdivJ2R-LgtvOcPMFV2NUxYuw/s400/IMG-20180914-WA0079.jpg" width="400" /></a></div>
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PREVENÇÃO AO SUICÍDIO: TEMAS RELEVANTES</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwnCsc7FXtEukp563_0SJ2ZCwcYnRAOHEird85UCCSeXBFNrkk8spKOW8-ALj8bWYahyaEzqsQWnSb4edbCDFK7er5XphZQQUJUJyQbnBaF_NebY66j3DNL0XDZej-ZLT4SW7msLjOFv4/s1600/IMG-20180918-WA0035.jpeg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="900" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwnCsc7FXtEukp563_0SJ2ZCwcYnRAOHEird85UCCSeXBFNrkk8spKOW8-ALj8bWYahyaEzqsQWnSb4edbCDFK7er5XphZQQUJUJyQbnBaF_NebY66j3DNL0XDZej-ZLT4SW7msLjOFv4/s320/IMG-20180918-WA0035.jpeg" width="180" /></a>O livro produzido pelo PRAVIDA ficou incrível, uma das obras (senão a obra) científica mais completa acerca do tema já produzido no nosso país. São 20 capítulos abordando os mais diversos temas relacionando a problemática do suicídio, como transtornos mentais, infância e adolescência, epidemiologia, contexto histórico, luto, trabalho, atendimento emergencial e muito mais! O livro foi escrito com muito rigor científico, se baseando nos trabalhos internacionais mais recentes sobre o tema. Para quem não conhece o que é o PRAVIDA, pode entrar no site deles e conhecer um pouco mais clicando <a href="http://www.pravida.com.br/" target="_blank">aqui</a>. </div>
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O livro foi escrito não apenas para acadêmicos e profissionais, mas foi pensada numa linguagem acessível onde qualquer um pudesse entender seu conteúdo e se beneficiar desse conhecimento, visto que quanto mais pessoas entenderem sobre esse fenômeno, mais poderemos conscientizar a sociedade e tomar providências mais assertivas com pessoas imersas nesse tipo de sofrimento. Para quem quiser adquirir o livro, segue a imagem com informações. Lembrando que a disponibilidade é somente na cidade de Fortaleza, Ceará. </div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsKc9TmDHMORpOPlQDP5lpS1nrTAQ-BkbbKjhRKIpgiUUUp1m1w1GcRj-ogWYuCHHSCYKHZNsV6EW5m8XrzNas-DyU34a4cLlq9Omn6pi7Du9wI2bpb0czDqNOF0JI0mtPhhQ-OIJLQhE/s1600/IMG-20180919-WA0000.jpg" imageanchor="1"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="866" height="332" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsKc9TmDHMORpOPlQDP5lpS1nrTAQ-BkbbKjhRKIpgiUUUp1m1w1GcRj-ogWYuCHHSCYKHZNsV6EW5m8XrzNas-DyU34a4cLlq9Omn6pi7Du9wI2bpb0czDqNOF0JI0mtPhhQ-OIJLQhE/s320/IMG-20180919-WA0000.jpg" width="400" /></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJkGRF9w6JjtKWVsTSJ-wORDJ-3PQyS0qU8oyR_Alrk3vrfKvehYxaQIuyfhHMk1QJ4Q4V-Eo5WfakQZnZZn2_JhMz8wlt_G11c2FEFBGMe9TgTLEHYFdOcGXkraZwyWY1FqYquDyEPe8/s1600/P_20180914_212541.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="900" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJkGRF9w6JjtKWVsTSJ-wORDJ-3PQyS0qU8oyR_Alrk3vrfKvehYxaQIuyfhHMk1QJ4Q4V-Eo5WfakQZnZZn2_JhMz8wlt_G11c2FEFBGMe9TgTLEHYFdOcGXkraZwyWY1FqYquDyEPe8/s320/P_20180914_212541.jpg" width="180" /></a>O livro foi lançado no dia 14 de setembro de 2018, no auditório da FIEC aqui de Fortaleza, com a presença dos colaboradores da obra, das famílias e de profissionais que trabalham na prevenção do suicídio. Foi um momento muito especial, pois participar da construção dessa obra foi uma honra muito grande, e não foi fácil escrever a quantidade de capítulos que escrevemos dentro de um prazo tão apertado. Como um livro é fruto de um projeto de extensão da Universidade Federal do Ceará, sua edição é bem limitada, mas é uma obra indispensável para quem trabalha em saúde mental e muito útil para qualquer outra pessoa que se disponha a querer conhecer e entender melhor essa problemática. </div>
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Leonardo Viana de Vasconcelos Martinshttp://www.blogger.com/profile/03931436674689038787noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2484578479513862329.post-47792196280990423042018-06-13T10:32:00.000-03:002019-09-09T11:11:42.398-03:007 MITOS DA HIPNOSE<div style="text-align: justify;">
Olá a todos! Hoje gostaria de esclarecer os mitos mais comuns a respeito da hipnose. Para quem não leu ainda tem outro artigo meu explicando bem o que é a hipnose, para ler basta clicar <a href="http://psicologizzano.blogspot.com/2018/02/o-que-e-e-como-funciona-hipnose.html" target="_blank">aqui</a>. </div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYC373badCq0kbAMvzsQewHlH9vdVelCL4pvcL0aWpvLkSPfrgRL5lYGrEOn2ES5OyHvQdKPJsvY1sX2Rt68Q5wS54rOKhNTcF8IcG5sKYlG-iexDh9fSVFFi8EChVvdx-qDbyOUhlNOU/s1600/hypnotised2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="411" data-original-width="540" height="303" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYC373badCq0kbAMvzsQewHlH9vdVelCL4pvcL0aWpvLkSPfrgRL5lYGrEOn2ES5OyHvQdKPJsvY1sX2Rt68Q5wS54rOKhNTcF8IcG5sKYlG-iexDh9fSVFFi8EChVvdx-qDbyOUhlNOU/s400/hypnotised2.jpg" width="400" /></a></div>
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<br /></div>
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<a name='more'></a><br /><br />
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1-Vou ser dominado pelo hipnotizador:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Eu sempre costumo dizer que hipnose não é uma batalha de mentes, não é a vontade do hipnotizador vencendo a vontade da pessoa que é hipnotizada. Pelo contrário, hipnose é uma parceria, é uma troca. Ninguém é dominado ou hipnotizado contra sua vontade, isso não existe. Quando alguém entra em transe é porque quer, porque sabe que poderá tirar benefícios dali (no caso da hipnose clínica) ou brincar e se divertir com as capacidades da sua mente (hipnose de palco ou de rua). </div>
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<br /></div>
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2-Se a pessoa que me hipnotizar morrer ou for embora ficarei assim para sempre:</div>
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<br />
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Essa eu já ouvi muito. Frases assim "E se a você morrer depois de me hipnotizar? Vou ficar assim pra sempre? Nunca vão conseguir me acordar?" ou "E se a pessoa me hipnotizar, precisar sair e não voltar mais?". Pensamentos assim refletem uma grande insegurança por parte do sujeito que ainda não compreende a hipnose. Por ser um processo natural e fisiológico, em qualquer uma dessas situações acima o que acontece com a pessoa hipnotizada é simples, ou ela abre os olhos e sai do transe espontaneamente ou entra em sono fisiológico, aquele soninho que a gente tira quando relaxa bastante. Não há perigo nem possibilidade da pessoa ficar presa no transe.</div>
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<br /></div>
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3-Não posso ser hipnotizado porque não sou suscetível:</div>
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<br /></div>
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Existe uma ideia de que nem todo mundo pode ser hipnotizado ou que só pessoas de mente "fraca" são hipnotizáveis. Isto não é verdade. Qualquer um pode ser hipnotizado, exceto talvez pessoas com algum transtorno mental severo, como esquizofrenia, psicose. Isto porque hipnose é um processo natural, ocorre com todos nós, o tempo todo, no decorrer da vida. O que acontece é que algumas pessoas entram com mais rapidez e facilidade do que outras, mas isso é normal, assim como um remédio não tem o mesmo efeito em pessoas diferente. Cada organismo é único.</div>
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<br /></div>
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4-A hipnose é causada pelo poder do hipnotizador:</div>
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<br /></div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdwgH7sM4j3kwl2FUjJwX8j22ja8iFw3sA7EbTy8GyCaloTlqvbT2dVZ9IMNcXaQ15rgkFKrOeMjvv_wNvjziliqFMrdR3Y_Luir6wve6SgEoeXbuB96VBnw2pS5tMJnA2uEneQ4_NA4k/s1600/Hypno-Cartoon-R-L.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1035" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdwgH7sM4j3kwl2FUjJwX8j22ja8iFw3sA7EbTy8GyCaloTlqvbT2dVZ9IMNcXaQ15rgkFKrOeMjvv_wNvjziliqFMrdR3Y_Luir6wve6SgEoeXbuB96VBnw2pS5tMJnA2uEneQ4_NA4k/s320/Hypno-Cartoon-R-L.jpg" width="206" /></a></div>
Como as pessoas estão acostumadas a ver show de hipnose de palco elas acreditam que o hipnotizador possui um grande poder e que é capaz de fazer qualquer coisa com aquele voluntário. O que acontece na verdade é que o hipnotizador, seja ele de palco ou de clínica, tem o conhecimento necessário para por o seu voluntário/ paciente em transe e conduzir bem esse processo. O voluntário/ paciente por sua vez, tem o desejo de entrar em transe, de vivenciar aquilo (pelo menos na grande maioria das vezes, até porque ninguém sobe num palco na frente de dezenas de pessoas sem ter vontade). Então a hipnose é uma troca rica de experiências entre ambos, o hipnotizador apenas conduz o voluntário /paciente, para um transe agradável. Se ele não quiser ele não entra em transe, a hipnose nunca acontece sem a vontade da pessoa.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
5-Quando a pessoa entre em transe ela fica inconsciente:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Um dos grande mitos da hipnose e até compreensível, uma vez que todos veem aquela pessoas "apagada" ou "dormindo", quando na verdade ela está mais acordada do que esteve em toda sua vida. Quando a pessoa está em transe, hipnotizada, ela ouve tudo ao seu redor, ela está plenamente consciente de tudo, apenas não se importa com o externo, pois está experienciando algo muito prazeroso no interno. Somente em alguns casos, a pessoa é tão sensível que ela pode desenvolver um fenômeno chamado de "amnésia hipnótica", onde ela sai do transe e não lembra de nada. Por isso que, dependendo do contexto, hipnotizadores experientes dão um comando para que quando sair do transe a pessoa lembre de tudo. Problema resolvido. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
6-A hipnose realiza milagres:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Alguns dos fenômenos que a pessoa hipnotizada consegue realizar são impressionantes aos olhos de quem vê, principalmente se for um leigo. Não há nada de sobrenatural nesses fenômenos, todos são realizáveis por qualquer um em transe, desde que conduzido por um hipnotizador experiente e explicáveis cientificamente. Não há milagres, mas um trabalho em conjunto do hipnotizado com o seu hipnotizado. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
7-Quando a pessoa é hipnotizada ela pode revelar seus segredos íntimos:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Outra grande preocupação que ronda as pessoas é se quando hipnotizadas ela podem revelar segredos importantes. Essa ideia vem do fato de acharem que o hipnotizador "entra" na mente do outro. Isso é fantasia demais! A mente inconsciente não aceita nada que seja contra seus preceitos morais, então o sujeito que está hipnotizado não vai fazer ou falar nada que não queira. </div>
<br />
<br />Leonardo Viana de Vasconcelos Martinshttp://www.blogger.com/profile/03931436674689038787noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2484578479513862329.post-38876717535926715982018-05-26T16:44:00.000-03:002019-09-09T11:11:54.072-03:00O QUE É O TRANSTORNO BIPOLAR?<div style="text-align: justify;">
Ouço muitas pessoas no dia a dia se referindo a outras como "fulano é bipolar, uma hora faz uma coisa, outra hora faz outra" e comentários similares para tentar caracterizar o comportamento de alguém num quadro patológico. Hoje falaremos sobre o que realmente é o Transtorno Bipolar e como ele se manifesta. </div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfcIPBqTSNO4fXaSzcRTS2ky9bugH3KHwsnHOndmHioHNz676DZIQcVe0nR-pwb99lw62eCHKvhHJaH6jqwU-j5zo-Qtenf5ud8uBsFH3wYFPuR6DrUeWRZT7JJsE0njwwv5ybmehgVxk/s1600/07_0011_Layer-89.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="220" data-original-width="620" height="141" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfcIPBqTSNO4fXaSzcRTS2ky9bugH3KHwsnHOndmHioHNz676DZIQcVe0nR-pwb99lw62eCHKvhHJaH6jqwU-j5zo-Qtenf5ud8uBsFH3wYFPuR6DrUeWRZT7JJsE0njwwv5ybmehgVxk/s400/07_0011_Layer-89.jpg" width="400" /></a></div>
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PARA ENTENDER O TRANSTORNO BIPOLAR</div>
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Quando as pessoas ouvem o termo "bipolar", o cérebro rapidamente associa a palavra a sua etimologia, ou seja, a algo que tem dois polos, duas manifestações diferentes e não está errado, contudo o transtorno mental é bem diferente dessas mudanças bruscas de comportamento. Para entender melhor vou explicar as principais características do Transtorno Afetivo Bipolar.</div>
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Uma das principais características do Transtorno Bipolar é a <i>Mania. </i>Quando a pessoa está nesse estado ela tem um comportamento expansivo, quer comprar tudo, quer fazer muito sexo, fala demais, trabalha demais, é inquieta, explosiva, irritável, a autoestima fica inflada (eu posso tudo, eu consigo tudo), as pessoas não conseguem acompanhar seu raciocínio e o próprio indivíduo não consegue pensar direito em certas ocasiões devido ao fluxo rápido do pensamento. Consequentemente, se o cérebro está funcionando acelerado assim, a pessoa dorme pouco, descansa pouco, e insônia acaba sendo outro sintoma. Esse estado não muda rapidamente, pode durar dias, semanas, por isso nada tem a ver com as observações do senso comum que as pessoas fazem. A mudança desse estado também não está ligada a nenhum fator externo, ou seja, a mudança é neuroquímica, ocorre no cérebro.</div>
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No outro extremo está a depressão. Quando ocorre a mudança de fase, a pessoa sai daquele estado acelerado, inflado para um estado onde fica com a energia reduzida, sem força ou vontade para realizar suas atividades, com presença de um sentimento de tristeza e vazio. Mas nem sempre a mudança ocorre assim, de um polo para outro, muitas vezes a pessoa consegue ficar num estado de eutimia, ou seja, um humor "normal", onde os sintomas do TB não ocorrem com intensidade e não prejudicam as funções psíquicas e sociais.</div>
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AS CAUSAS</div>
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Apesar dos avanços científicos ainda é um terreno obscuro falar de causas específicas dos transtornos mentais. Sabe-se, entretanto, que existem vários fatores envolvidos. Dentre os transtornos mentais o TB é um dos mais influenciados por fatores genéticos. Estudos mostraram que se um dos pais tiver Transtorno Bipolar ou algum Transtorno Depressivo, existe de 10% a 25% de chances que o filho desenvolva o TB. Assim como existem fatores relacionados a alterações dos neurotrasmissores, alterações metabólicas e anatômicas do cérebro. Fatores psicossociais também tem relevância, quando eventos significativos na vida daquele indivíduo (como luto, problemas familiares, maus tratos na infância, relações interpessoais, mudanças drásticas no trabalho, etc). </div>
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O DIAGNÓSTICO</div>
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Depois de ler esse texto é possível que alguns comecem a se autodiagnosticar ou a atribuir o TB a algum conhecido, parente, etc. Por favor não façam isso. Aqui eu tento explicar o que é esse transtorno com muitas simplificações, quando na verdade é uma patologia extremamente complexa e amplamente estudada. Só quem pode fazer o diagnóstico é um profissional médico qualificado. Psicólogos podem detectar, mas por Lei não podem fazer o diagnóstico. Se você acha que algum conhecido ou parente, ou mesmo você pode ter esse transtorno, busque um profissional qualificado. </div>
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RISCO DE SUICÍDIO</div>
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O risco de suicídio em pessoas com TB é comum, uma vez que é um transtorno que gera vários prejuízos para o funcionamento do indivíduo, tanto pessoal quanto social, além de que é possível que a pessoa que tem TB desenvolva outros transtornos. A pessoa pode ter TB e transtorno de ansiedade, por exemplo. E quanto mais sofrimento mais potencializa o surgimento de pensamentos e atos suicidas. Sabemos, através dos estudos que o risco de suicídio de quem tem TB é de 20 a 30 vezes maior quando comparado a pessoas que não tem essa psicopatologia. Em torno de 60% dos pacientes apresentam ideação suicida, em geral aqueles que demoraram muito a buscar tratamento, tem comprometimento nas funções laborais, sociais, familiares, tem outros transtornos associados (como dependência química, ansiedade, por exemplo). Aproximadamente 15% dessas pessoas cometem suicídio, o que é um número muito expressivo. </div>
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O risco de suicídio é muito alto quando o transtorno não é tratado ou é tratado de forma inadequada ou o paciente resiste ao tratamento. Ainda existem outras questões associadas como apoio familiar, trabalho, doenças crônicas. Quando o tratamento é bem executado e quando o paciente se engaja o risco de suicídio é muito baixo. </div>
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TRATAMENTO</div>
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O tratamento do TB é feito com acompanhamento psiquiátrico, onde o médico psiquiatra irá prescrever medicações para aliviar e controlar os sintomas seja da fase maníaca ou depressiva. É fundamental que o paciente siga a risca e tome adequadamente os medicamentos prescritos. Aliado a isso existe o tratamento psicológico, onde esse profissional vai trabalhar os fatores comportamentais e interpessoais daquele paciente, ensinando a lidar com os sintomas, a modificar hábitos disfuncionais e encontrar respostas melhores para situações limite. Somando-se a isso é importante que a família seja esclarecida e de também o suporte necessário ao paciente. Quando todos fazem a sua parte o prognóstico é animado e aquele indivíduo pode ter uma vida normal, fazendo aquilo que gosta. Importante também dizer que o TB não tem cura e que o tratamento é permanente. Muitos pacientes melhoram depois de um ou dois meses de tratamento e param, o que potencializa o reaparecimento dos sintomas e de novas crises. </div>
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REFERÊNCIAS:</div>
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Souza, Fábio GM. (Org.). Você tem transtorno bipolar? Fortaleza: Premius, 2017.</div>
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American Psychiatric Association. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais DSM-5. Porto Alegre: Artmed;2014.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Souza FGM. Tratamento do transtorno bipolar - Eutimia. Rev Psiquiatr. Clín. 2005;32 (Suppl.10):63-70.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Lex C, Bazner E, Meyer TD. Does stress play a significant role in bipolar disorder? A meta-analysis. J Affect Disord. 2017;208 (August 2016): 298-308.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Berutti M, Dias RS, Pereira VA, Lafer B, Nery FG. Association between history of suicide attempts and family functioning in bipolar disorder. Journal of Affective Disorders. 2016;192:28-33.</div>
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<br /></div>
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Nery-Fernandes F, Miranda-Scippa AMA. Comportamento suicida no transtorno afetivo bipolar e características sociodemográficas, clínicas e neuroanatômicas associadas. Rev. Psiquiatr. Clín. 2013 [cited 2017 Feb 02] ; 40 (6):220-224.</div>
Leonardo Viana de Vasconcelos Martinshttp://www.blogger.com/profile/03931436674689038787noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2484578479513862329.post-62342858509598435302018-05-17T10:54:00.002-03:002019-09-09T11:12:21.911-03:00QUAIS OS BENEFÍCIOS DA PSICOTERAPIA<br />
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Quando se pensa em ir ao psicólogo, nem sempre a pessoa se questiona quais os benefícios podem advir da psicoterapia, uma vez que na maioria dos casos aquele indivíduo está interessado em resolver a queixa que o motivou a buscar o atendimento. Vamos falar um pouco sobre isso no texto de hoje.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhl9UJKYSXNBbiIg9JW9R3pQm28VPRN4dcSylmuAA0_QOXCPAJxEIV5pcuO5vaBPHeWdogltKuVpCHmhyphenhyphen5_vXimxJ5UYapvYFs0Vj7LXwWbdgETrPnCA36xQsro9mF7Ss7uQn7nkNfj_fk/s1600/PSYCHOLOGIST-OFFICE-628x314.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="314" data-original-width="628" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhl9UJKYSXNBbiIg9JW9R3pQm28VPRN4dcSylmuAA0_QOXCPAJxEIV5pcuO5vaBPHeWdogltKuVpCHmhyphenhyphen5_vXimxJ5UYapvYFs0Vj7LXwWbdgETrPnCA36xQsro9mF7Ss7uQn7nkNfj_fk/s400/PSYCHOLOGIST-OFFICE-628x314.jpg" width="400" /></a></div>
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RESOLVENDO A QUEIXA</div>
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Chamamos de queixa principal o motivo pelo qual alguém busca um psicólogo, é justamente o problema, questão, conflito que está causando um funcionamento mal adaptado daquela pessoa, gerando sofrimento e comportamentos disfuncionais. Muitas vezes queixa que o paciente traz não é o a questão principal, mas sim um sintoma ou uma consequência de alguma outra coisa que nem sempre ele percebe como algo nocivo. Durante o processo da terapia isso pode mudar, o foco do tratamento muda, as questões a serem trabalhadas mudam. O objetivo final da psicoterapia é a mudança, visto que não importa como ela ocorra, é necessária para restabelecer o equilíbrio e bom funcionamento do indivíduo. </div>
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Daí o tipo de psicoterapia, abordagem psicológica (psicanálise, humanismo, análise do comportamento, etc) não importa muito, sendo mais necessário estabelecer uma boa aliança terapêutica, ou seja, o paciente estabelecer um link de confiança e se sentir confortável com o psicólogo com o qual está fazendo terapia. É preciso saber que o psicólogo não dispõe de métodos coercitivos, não é seu papel mudar o paciente nem convence-lo de nada, mas sim mostrar novas possibilidades para resolução dos seus conflitos e dificuldades adaptativas, ficando a critério do paciente seguir ou não essas orientações. Nem sempre as pessoas querem mudar, sair da zona de conforto, mesmo que ela esteja causando algum tipo de sofrimento, é como uma preguiça emocional. </div>
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ABERTURA PARA A MUDANÇA</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhx8-lQSM7ginZywBrUqpb6NS0BGgxHvBDae7GyL4NzaIUeDq7bT07zieLckCccQEpcwIJiJkH_l8JRpDkcRETTTYq8fVgUEbQbSTIbaRunoLYduREaDiCR3TVMpqpRb5C-7e0N9qTFmVc/s1600/58d2a10b5cec5518457206.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="179" data-original-width="429" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhx8-lQSM7ginZywBrUqpb6NS0BGgxHvBDae7GyL4NzaIUeDq7bT07zieLckCccQEpcwIJiJkH_l8JRpDkcRETTTYq8fVgUEbQbSTIbaRunoLYduREaDiCR3TVMpqpRb5C-7e0N9qTFmVc/s320/58d2a10b5cec5518457206.jpg" width="320" /></a>Quando o paciente decide mudar, mobiliza suas energias e vontade para tentar novas estratégias de enfrentamento dos seus problemas com a ajuda do psicólogo, muita coisa acontece. O bom psicólogo ele incentiva não apenas mudanças pontuais, mas globais, pois não é apenas a solução de uma queixa na vida daquela pessoas, mas a reestruturação da vida dela como um todo, com objetivos mais bem estabelecidos e com foco em práticas saudáveis. O psicólogo pode estimular o paciente a lidar com vários comportamentos e hábitos que não são saudáveis e motivá-lo a mudar isso, como por exemplo tabagismo, má alimentação, sedentarismo, visto que mente e corpo são reflexos constantes um do outro. Nossa mente precisa estar bem para o corpo estar bem e vice versa, até porque quem controla nosso corpo é o cérebro e a forma como nosso cérebro funciona é muito particular.</div>
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Nosso cérebro funciona, basicamente, em relação a como pensamentos, em cima dos valores e imagens que criamos para nós. Por isso um pessimista tem comportamentos pessimistas (explicando a grosso modo, claro), porque o comportamento dele é reflexo da imagem mental que cria de si. Então, quando o psicólogo durante a psicoterapia passa a estimular o desenvolvimento de hábitos saudáveis ele está motivando o paciente a mudar essas imagens mentais e consequentemente buscar uma mudança mais estrutural dos seus comportamentos, de modo a ter hábitos e práticas mais salutares.</div>
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Podemos então dizer que uma psicoterapia bem feita, com um profissional capacitado, ético e com um paciente que se permite a mudança, pode gerar muitos benefícios não só na resolução do conflito que o trouxe para o consultório, mas de uma mudança global que vai permitir um funcionamento mais saudável desse indivíduo. Daí a psicoterapia ser um processo de grandes transformações para o indivíduo, na medida que esse indivíduo está aberto a ela e disposto a investir mais em si mesmo e no seu bem estar. </div>
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Leonardo Viana de Vasconcelos Martinshttp://www.blogger.com/profile/03931436674689038787noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2484578479513862329.post-43489827069755039352018-04-10T15:01:00.001-03:002019-09-09T11:12:49.159-03:00PORQUE UMA PESSOA RECUSA TRATAMENTO PSICOLÓGICO?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9u4Ofn44c0La3LvoU08EnnQLh5l1TSUul0GkQEzJ2NZO-p8ej1ZrjOwEDjzkW2hZB9Qf_8Bvky8YQ99tEhTk1W3AAfXCM5kRTrI295hVpIu57kp0rdjZc7XkPr3ldTGGxa09yadqkoMU/s1600/download+%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="190" data-original-width="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9u4Ofn44c0La3LvoU08EnnQLh5l1TSUul0GkQEzJ2NZO-p8ej1ZrjOwEDjzkW2hZB9Qf_8Bvky8YQ99tEhTk1W3AAfXCM5kRTrI295hVpIu57kp0rdjZc7XkPr3ldTGGxa09yadqkoMU/s1600/download+%25281%2529.jpg" /></a></div>
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Hoje resolvi escrever um texto menos técnico, apenas desenvolvendo meu pensamento e reflexão acerca de pessoas que não buscam ajuda. A pergunta que vou buscar responder é: "Porque algumas pessoas que estão com problemas recusam o tratamento?". </div>
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Nossa sociedade descende de um modelo baseado no patriarcado, onde o homem comendava e tinha que ter pulso forte. O homem mandava na casa, na mulher, nos filhos. Basicamente, por ser o pilar dessa estrutura familiar, ele deveria mostrar força, decisão, indiferença ao sofrimento. Muitos desses homem acabavam se dessensibilizando, ou seja, assumindo comportamentos e pensamentos onde o contato com os sentimentos, com a dor, ia ficando cada vez mais distante. Não que eles não sofressem ou não sentissem, mas não era algo, que para a grande maioria, tivesse algumas influência. Daí a ideia de homem ser forte e mulher ser fraca. Homem não chora, mulher chora, chorar é sinal de fraqueza. Pura baboseira medieval. </div>
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Então esse tipo de pensamento vai sendo propagado pela cultura, mas como a sociedade vai evoluindo, ao seu passo, a tendência é romper com esse padrão de comportamento. Logo, um dos motivos que leva as pessoas a não quererem ajuda, é cultural, e acomete principalmente homens. Isso se reflete na prática clínica; 75% dos meus pacientes são mulheres.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-QMEqZMoJOITOv3vgoIsZ4O2Aijk2c8qhzyeyjpiaUUAY_cPdNnp-hzpbogM2XmG8XZlk3WI4VcKOHLjtB8hopDkxSehyphenhyphenBcMe-y44tpNRTvglFgItfSBfxSQw9uo4Y2SnBaB-8Q1HIYY/s1600/images.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="225" data-original-width="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-QMEqZMoJOITOv3vgoIsZ4O2Aijk2c8qhzyeyjpiaUUAY_cPdNnp-hzpbogM2XmG8XZlk3WI4VcKOHLjtB8hopDkxSehyphenhyphenBcMe-y44tpNRTvglFgItfSBfxSQw9uo4Y2SnBaB-8Q1HIYY/s1600/images.png" /></a>O homem sofre tanto quanto a mulher, algumas vezes até mais por conta dessa herança de que precisa ser forte, de que não chora, não sofre, não sente. E aí isso se reverte em depressão, ansiedade e alguns caso, suicídio. Reprimir sentimentos negativos durante muito tempo gera consequências não só emocionais mas no comportamento do indivíduo. É bem comum na prática clínica encontrar pessoas que precisam de ajuda, que tem sofrem por algum comportamento ou situação que não conseguem lidar, mas ou não querem ir atrás de um profissional para auxiliar nesse processo, ou quando a família entra em contato com o profissional (geralmente médico ou psicólogo), o indivíduo recusa o atendimento ou não adere ao tratamento.</div>
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Mas porque alguém que precisa de cuidados negaria esses cuidados a si mesmo? Essa é uma questão curiosa. Já vi pacientes morrerem porque negavam cuidados médicos ou adesão ao tratamento. Em psicologia, essa morte ocorre por suicídio, quando não há sucesso no tratamento. Não há uma resposta única e simples para essa pergunta, o porque do paciente recusar atendimento/tratamento, mas posso pensar em alguns fatores:</div>
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- Falta de apoio familiar;</div>
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- Conflitos psicológicos intensos;</div>
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- Falta de confiança no profissional que está prestando o atendimento;</div>
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- Medo;</div>
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- Psicose;</div>
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- Tentativas prévias de suicídio;</div>
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- Sentimento exagerado de autosuficiência.</div>
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É necessário, em alguns casos, respeitar a decisão e a vontade daquele paciente, se ele está plenamente consciente dela. Não é possível tratar alguém que não quer ser tratado. Esse exemplo é bem comum na Dependência Química, quando todos ao redor percebem que o indivíduo precisa de acompanhamento mas ele recusa e resiste. Quando o paciente está num estado psicótico, fora de si, seja por conta de um problema mentais ou físicos (sim, algumas patologias físicas podem deixar o paciente psicótico), ele não tem condições de decidir sobre si mesmo, pode até por sua integridade e de terceiros em risco, neste caso, pode ser tratado sem o prévio consentimento até restabelecer a consciência de si.</div>
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É preciso ter paciência, deixar tudo claro para o paciente, assim como é fundamental que a família esteja sempre perto, estimulando, mas não pressionando o paciente para que aceite o tratamento. A família tem que ser facilitadora e não se transformar em um estímulo aversivo para o paciente.</div>
Leonardo Viana de Vasconcelos Martinshttp://www.blogger.com/profile/03931436674689038787noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2484578479513862329.post-8850864502435660792018-02-22T14:19:00.001-03:002018-02-22T14:19:52.401-03:00COMO FUNCIONA A HIPNOSE?<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRi70qsBh6SgAWMGCR3-2d6RRt0ey03qppXTn5C1rYjQwI8et7vwDaJPKSHMn-r4UQgXD0M2TtisP370u8DbQXgfiEP7mylri6QUGltndu6mjGqoCn9L3Vbe9L4I3JJybzyrzKtqHgutU/s1600/Hipnose-a-cura-pelo-sono1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="491" data-original-width="740" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRi70qsBh6SgAWMGCR3-2d6RRt0ey03qppXTn5C1rYjQwI8et7vwDaJPKSHMn-r4UQgXD0M2TtisP370u8DbQXgfiEP7mylri6QUGltndu6mjGqoCn9L3Vbe9L4I3JJybzyrzKtqHgutU/s320/Hipnose-a-cura-pelo-sono1.jpg" width="320" /></a></div>
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<br /></div>
Hoje falaremos da hipnose, vista por alguns com suspeita por acharem que é uma simulação ou que não existe, vista por alguns profissionais com desconfiança por acreditarem que é um procedimento ineficaz. Vamos falar do que realmente é a hipnose e como ela pode ajudar no tratamento de certos tipos de problemas comportamentais e até mesmo fisiológicos.</div>
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O QUE É HIPNOSE?</div>
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<br /></div>
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Meu objetivo não é fazer um histórico da hipnose nesse artigo, podemos deixar isto para outro momento. O que eu quero é explicar de forma clara o que é essa ferramenta que pode ser utilizada em diversos contextos terapêuticos. </div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWzMXB4k27lzAk0ghsVKM332lQEWmQ2UrL92WogkwkfQ7ZhlkoS1B4VZ3quupbCkKzPFNd0Gng56-dlMrAVDAWApEkOGZ72Xp9kw_oKJyVR71Mowhq8dtJ1GUaX7vB7BjxoY8rEUZrv8M/s1600/hipnose-.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="223" data-original-width="380" height="187" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWzMXB4k27lzAk0ghsVKM332lQEWmQ2UrL92WogkwkfQ7ZhlkoS1B4VZ3quupbCkKzPFNd0Gng56-dlMrAVDAWApEkOGZ72Xp9kw_oKJyVR71Mowhq8dtJ1GUaX7vB7BjxoY8rEUZrv8M/s320/hipnose-.jpg" width="320" /></a></div>
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O melhor conceito de hipnose, e um dos mais claros que já encontrei foi o da Dr. Sofia Bauer:</div>
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"Hipnose é um estado alternativo de consciência ampliada, onde o sujeito permanece acordado todo o tempo, experimentando sensações, sentimentos (...) e outros fenômenos hipnóticos enquanto está nesse estado. Você fica mais interno, mais focado (...) você vai se desligando das percepções externas e tem uma grande atividade interna, sem perder seu estado de alerta".</div>
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<br /></div>
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Em resumo, é um estado onde a pessoa está a par de tudo, ouvindo tudo, mas está num processo de concentração e imaginação muito intensos, o que permite a realização de uma série de fenômenos e efeitos. Embora a palavra hipnose derive de "sono" e tenha o comando "durma" para a pessoa entrar em transe em alguns métodos, a pessoa sempre está acordada e totalmente alerta. Sob hipnose, uma pessoa pode aumentar sua concentração e memorizar coisas que normalmente não conseguiria ou acessar conteúdos dos quais ela não tinha consciência, por exemplo, ser capaz de resgatar memórias perdidas, assim como anestesiar partes do corpo, eliminar dores e desconforto.<br />
<br />
Hipnose, segundo Erickson um dos grandes terapeutas que desenvolveram o uso da hipnose, é um estado natural. Ao longo da vida nós nos autohipnotizamos várias vezes, entramos em transe quase que diariamente. Não acredita? Simplesmente não percebemos quando isso ocorre, justamente por ser algo natural, que faz parte de nós. Quando nos concentramos muito em algo, quando estamos numa situação de monotonia, quando sentimos que quase não passou tempo e percebemos que na verdade "perdemos" essa passagem do tempo, é porque entramos em transe. Lembro de filmes que assisti que duraram dua a três horas, e senti como se tivessem passado minutos.<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1N__ck6sIG1jrkncejcbc0dL9uXpu-S5BdBuMnS1gbOu8b1OjhS6BnD1n9M0C0UFQEZvS-gBsUu4L5dKtxuVoq-Fg23xJlIoli_KYReCphSkZjVoPWfP-3D7kCWcUEhDp15HXfbGgUuc/s1600/hipnose-especial4.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="470" data-original-width="628" height="239" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1N__ck6sIG1jrkncejcbc0dL9uXpu-S5BdBuMnS1gbOu8b1OjhS6BnD1n9M0C0UFQEZvS-gBsUu4L5dKtxuVoq-Fg23xJlIoli_KYReCphSkZjVoPWfP-3D7kCWcUEhDp15HXfbGgUuc/s320/hipnose-especial4.jpg" width="320" /></a>Numa viagem onde você tá olhando a estrada e de repente chega ao destino sem perceber que passou muito tempo, transe. Até mesmo olhando no celular, fazendo alguma coisa com seu smartphone, e sem perceber outras coisas que estão acontecendo, transe. Logo, não há como dizer (como escuto algumas pessoas falarem) que hipnose não existe, que é uma simulação. Eu mesmo já fiz analgesia em pacientes, então o paciente vai me olhar e dizer que aquela dor que nem a medicação controlava sumiu é fruto da imaginação? Pacientes tratados com hipnose que tinham gagueira durante a vida toda e de repente estão falando normalmente, é ficção? Na verdade, existe muito medo e preconceito em relação a hipnose, justamente por conta da hipnose de palco, que muitos veem como uma ridicularização daquele indivíduo.<br />
<br />
A hipnose clínica é uma forma de facilitar que aquela pessoa assuma o controle da sua vida, de seus problemas, de uma forma mais efetiva e construtiva, nós ensinamos a ela a enfrentar situações difíceis, traumáticas e damos a chave para que ela mesma possa acessar esse estado.</div>
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QUAIS OS TIPOS DE HIPNOSE</div>
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Podemos separar a hipnose em duas categorias: hipnose de palco e hipnose clínica. A hipnose de palco talvez seja a que você conhece, que já viu em algum lugar, na televisão ou em vídeos na internet (Pyong Lee é um grande difusor da hipnose de palco na internet, enquanto Fábio Puentes apareceu muitas vezes em programas da TV aberta). É uma hipnose utilizada para entretenimento onde são mostrados vários fenômenos que a hipnose causa em nossa fisiologia, apenas por diversão. Na hipnose de palco muitas pessoas acham que aquilo é combinado, que não é real, porque é realmente algo impressionante de se ver. Dentro da hipnose de palco temos o que chamamos <i>street hipnose </i>ou hipnose de rua, que é quando os hipnotistas vão para a rua para demonstrar os fenômenos, pegando pessoas aleatórias que voluntariamente se disponibilizam a participar. </div>
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Aqui vai um exemplo de hipnose de rua:</div>
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<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/A8lOjrbLVYE/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/A8lOjrbLVYE?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
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<br /></div>
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Já na hipnose clínica nós temos um uso completamente diferente dessa ferramenta. Hipnose clínica é utilizada por médicos, psicólogos, dentistas e por outros profissionais com o intuito de tratar algum problema, modificar comportamentos, analgesia da dor, etc. Significa que dentistas podem, por exemplo, realizar procedimentos sem anestesia, inclusive extrações, sem que o indivíduo sinta qualquer dor ou desconforto, assim como pequenas cirurgias são possíveis com uso da hipnose. Trabalhar vícios como tabagismo, ou compulsões que geram obesidade, assim como insônia e ansiedade são possíveis com a hipnose. Vou deixar linkado aqui alguns artigos científicos, de um dos maiores portais de ciência do mundo, o Pub Med, sobre vários usos da hipnose. Os artigos estão em inglês, exceto 1.</div>
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<br /></div>
Hipnose para parar de fumar:<br />
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29319462<br />
<br />
<br />
Hipnose e anestesia/ alívio de dor:<br />
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29319458<br />
<br />
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29307207<br />
<br />
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-37722013000300007&lang=pt (em português)<br />
<br />
Hipnose para insônia:<br />
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26055676<br />
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29198290<br />
<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnzNpLh22tcw5ovNqseUcD_4yOd14HN1WdrAbBiQNcCWi3nZbJfNyvULyzTQGrnpQX5b4u5eeDoEPKKlAWZCUlVsaLm1Hjjl0XlowJ0vjzGQaNIYCId3W0e7LOusTuZQjiQrG-WTxzeJI/s1600/regressa-o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="423" data-original-width="1600" height="105" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnzNpLh22tcw5ovNqseUcD_4yOd14HN1WdrAbBiQNcCWi3nZbJfNyvULyzTQGrnpQX5b4u5eeDoEPKKlAWZCUlVsaLm1Hjjl0XlowJ0vjzGQaNIYCId3W0e7LOusTuZQjiQrG-WTxzeJI/s400/regressa-o.jpg" width="400" /></a></div>
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<br /></div>
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Gostaria de deixar claro que a hipnose não é uma terapia em si, mas uma ferramenta que deve/pode ser associada a outras teorias e métodos para proporcionar uma melhora na qualidade de vida do indivíduo. Então, para quem quer usar a hipnose para fins terapêuticos é preciso ter outros conhecimentos específicos, até porque hipnotizar alguém é muito simples, existe várias formas de por alguém em transe. Entretanto para uso terapêutico precisa-se ter conhecimentos mais complexos. Como vou tratar dependência química sem conhecer esse fenômeno? Como posso trabalhar traumas sem entender algo relacionado a psicologia? (não necessariamente sendo psicólogos, mas os psicólogos tem a vantagem de um conhecimento mais aprofundado do comportamento humano). A hipnose pode ser associada a outras técnicas e terapias, como a PNL- Programação Neurolinguística, por exemplo. Então espero ter esclarecido o básico, pelo menos. Farei mais textos sobre isso futuramente. </div>
<br />
<br />
Referências:<br />
<br />
<br />Leonardo Viana de Vasconcelos Martinshttp://www.blogger.com/profile/03931436674689038787noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2484578479513862329.post-67546962064859141882018-01-23T17:53:00.001-03:002018-01-23T18:02:43.638-03:00VÍCIO EM GAMES: UMA NOVA DOENÇA?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2DkHsAhhkIHHODk7_cBLvbh1A-WKRrkr5m40ksZYp1HhYskG3cHwmP3XXi-CMNGC2L4swLznsHkgbpOiHyeCfFlk1crG1sfjabblX6PlBoBpTuzWgfoy3HN2g5U2PpkLdZlz7sytVuPc/s1600/56c518162d796.image_.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="401" data-original-width="621" height="206" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2DkHsAhhkIHHODk7_cBLvbh1A-WKRrkr5m40ksZYp1HhYskG3cHwmP3XXi-CMNGC2L4swLznsHkgbpOiHyeCfFlk1crG1sfjabblX6PlBoBpTuzWgfoy3HN2g5U2PpkLdZlz7sytVuPc/s320/56c518162d796.image_.jpg" width="320" /></a></div>
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<br /></div>
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Desde que a mídia anunciou que a OMS- Organização Mundial da Saúde, vai considerar o vício em vídeo games como doença mental, a internet ficou em polvorosa, os adolescentes e outras pessoas que tem os games como diversão começaram a repudiar o fato, sem de fato entender o que estava acontecendo. Vamos falar um pouco sobre isso esclarecendo o porque dessa decisão. </div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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Antes de falar sobre vício em vídeo games é preciso entender o que é dependência, o que é compulsão para entender melhor os conceitos que serão trabalhados aqui.</div>
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<br /></div>
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Segundo Ballone, a definição de compulsão é: <i>"...comportamentos compulsivos ou aditivos são hábitos aprendidos e seguidos por alguma gratificação emocional, normalmente um alívio de ansiedade e/ou angústia. São hábitos mal adaptativos que já foram executados inúmeras vezes e acontecem quase automaticamente."</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
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São mal adaptados porque não se encaixam bem no bem estar do indivíduo, na vida social, familiar, etc., apesar de provocarem um alívio de tensão emocional. Além disso são comportamentos repetitivos, ocorrendo de forma frequente no cotidiano da pessoa. A vontade de realizar o ato vem, é difícil para o indivíduo resistir, gera muita tensão, a pessoa então cede, tem um alívio temporário por ter exercido o comportamento, mas imediatamente vem um sentimento de culpa, por não ter resistido. Alguns exemplos de compulsões são: jogos de azar, malhar, comprar, comer, trabalhar. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Já dependência psicológica se caracteriza por é a necessidade de determinado comportamento para viver normalmente e sentir-se confortável. A dependência é justamente a relação da pessoa com o objeto do vício, gerando mal estar, estresse, angustia, ansiedade, na ausência desse objeto. Além disso, a importância que o objeto da dependência vem sempre em primeiro lugar, fazendo o indivíduo a negligenciar necessidades básicas, como higiene e alimentação. </div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiE6z0kNR7lv1RLiEXjHI4JbGAiDOZIbrgeAcsCrIIDKstyQUlw5t7JlDi0itTB38uUsjDNtCuXmUw8GxptlG9LLzRDRjS9I_QfOLCgAdTz79lwbPCqwevexuEgWxn2rpASLmXMYNhIRBs/s1600/gameaddiction.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="338" data-original-width="450" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiE6z0kNR7lv1RLiEXjHI4JbGAiDOZIbrgeAcsCrIIDKstyQUlw5t7JlDi0itTB38uUsjDNtCuXmUw8GxptlG9LLzRDRjS9I_QfOLCgAdTz79lwbPCqwevexuEgWxn2rpASLmXMYNhIRBs/s320/gameaddiction.jpg" width="320" /></a>Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais- DSM V, os comportamentos relacionado a jogo ativam os sistemas de recompensa do cérebro e podem ser comparados ao transtornos por uso de substância. Esse sistema de recompensa cerebral tem como função promover e estimular comportamentos que contribuem na manutenção da vida e da espécie, como a alimentação, proteção, sexo, entre outros, que quando ativado, proporcionará sensações de prazer e satisfação. O problema é que quando algo ativa esse sistema de forma significativa (como drogas, por exemplo, ou comportamentos que geram muito prazer) isso pode comprometer outros processos básicos, uma vez que pode aumentar as chances do indivíduo de repetir o comportamento para obter satisfação. Todavia, muitas outras variáveis entram nessa equação, então a questão cerebral não é totalmente determinante para uma compulsão ou dependência. </div>
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<br /></div>
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É preciso avaliar se aquele indivíduo tem um bom relacionamento com as pessoas, se possui um bom enfrentamento de situações difíceis, tolerância a frustração, relacionamento familiar saudável, se tem algum transtorno mental (depressão, ansiedade, etc) ou predisposição para um (sabendo o histórico familiar de parentes próximos), etc. Quanto mais comportamentos negativos ou mal adaptados o sujeito tiver, mais propensão a algum desses problemas. </div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
MAS E OS VÍDEO GAMES? ELES PODEM VICIAR?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4x6ZBcdPVeW6rWTKuPBF5l2CkpGQWjf4G1Qj5CxueLLOy2-U1ZsCtljGTkHeDG5Q2_KXdX78YFgJ-ZFESfueN1FP-4YQlNPyl7-z250qoUeFTyTQBQcvoEHMFRT7yajlOznOiYGG3sHM/s1600/internet_addict.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="394" data-original-width="400" height="315" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4x6ZBcdPVeW6rWTKuPBF5l2CkpGQWjf4G1Qj5CxueLLOy2-U1ZsCtljGTkHeDG5Q2_KXdX78YFgJ-ZFESfueN1FP-4YQlNPyl7-z250qoUeFTyTQBQcvoEHMFRT7yajlOznOiYGG3sHM/s320/internet_addict.jpg" width="320" /></a>A resposta é sim. Como qualquer comportamento que gera satisfação ou prazer ativado pelo centro de recompensa cerebral games ou qualquer dispositivo eletrônico podem sim gerar comportamentos compulsivos ou dependência. Como a tecnologia dos celulares (e outros dispositivos eletrônicos, como tablets) é recente, ainda não está bem caracterizado nos manuais diagnósticos de saúde mental a questão de dependência e compulsão em relação a eles. Atualmente nos utilizamos critérios de transtornos já conhecidos para caracterizar a dependência em games. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Segundo a OMS, esses são os comportamentos que caracterizam o transtorno de dependência em games:</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
1. Controle prejudicado sobre o início, frequência, intensidade, duração, término ou contexto de jogo;</div>
<div style="text-align: justify;">
2. Maior prioridade dada ao jogo na medida em que o jogo tem precedência sobre outros interesses da vida e atividades diárias;</div>
<div style="text-align: justify;">
3. A continuação ou escolha de jogos apesar da ocorrência de consequências negativas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em alguns países onde maratona de games são mais socialmente aceitáveis, há casos onde as pessoas morreram por uma combinação de exaustão, estresse, desnutrição e desidratação, enquanto estavam sentadas em frente ao vídeo game (ou computador) por dias a fio. Mas esse são casos mais extremos. é possível ter problemas de vício em games e não morrer, mas prejudicar muito a saúde, o convívio social e familiar. </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAR1PSLMKBbA-HQo4S0Pk2jpRcS9n5ahq3CUPFBm-W1t8CQbUTeKUhRLS7LNIrzr8-a9HGeYV2Fox_TP4qHtAYtbXFZEHQOzA7RkjrnxN6lzU8Lq1rKcfe39NNJi-g8PlbDJ9Hj-9R-NI/s1600/Are-Video-Games-Addictive-e1448481183106.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="599" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAR1PSLMKBbA-HQo4S0Pk2jpRcS9n5ahq3CUPFBm-W1t8CQbUTeKUhRLS7LNIrzr8-a9HGeYV2Fox_TP4qHtAYtbXFZEHQOzA7RkjrnxN6lzU8Lq1rKcfe39NNJi-g8PlbDJ9Hj-9R-NI/s320/Are-Video-Games-Addictive-e1448481183106.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Já atendi casos onde o adolescente, compulsivo por jogos de computador, mal se alimentava, perdeu o ano escolar, não saía mais de casa o que comprometeu a relação com os amigos (isolamento), e sua família não sabia mais como proceder quando procuraram minha ajuda profissional. Entretanto, esperaram 2 anos para fazer isso e é um problema que se repete em muitos casos onde a família ou a pessoa demora muito tempo para procurar ajuda especializada. Quando mais cedo um transtorno é tratado, menos prejuízos para o indivíduo e melhor as chances de lidar com o problema. Quanto mais tempo se espera, mais cronificado fica o problema e mais complexo, embora não impossível, de tratar. Se o indivíduo está neglicenciando vários aspectos da sua vida, se passa um número exagerado de horas em games (ou outros dispositivos eletrônicos), se está isolado, se sua higiene e alimentação estão comprometidas, ele pode está incluso nos comportamentos descritos acima é hora de buscar ajuda.<br />
<br />
Não é sensato demonizar os vídeo games, nem os celulares, tablets, etc porque atualmente são itens que tem muitos aspectos positivos. Existem muitas pesquisas e estudos que mostram o grande potencial dos vídeo games, seja para o aprendizado, seja para o desenvolvimento, seja para a recuperação de pessoas com algum tipo de limitação. Futuramente pretendo escrever sobre isso. Até a próxima!</div>
<br />
Leia também meu artigo sobre vídeo games e violência, clicando <a href="http://psicologizzano.blogspot.com.br/2013/08/video-games-e-violencia-falacia-da-midia.html" target="_blank">aqui</a>!<br />
<br />
<br />
Referências:<br />
<br />
https://www.popsci.com/who-video-game-disorder-addiction#page-3<br />
<br />
http://www.cerebromente.org.br/n15/diseases/compulsive.html<br />
<br />
Centre for Addiction and Mental Health (Centro para a Dependência e Saúde Mental). «What is addiction?». Addiction: An information guide. Consultado em 5 de fevereiro de 2012<br />
<br />
https://museudinamicointerdisciplinar.wordpress.com/2014/09/21/neuroanatomia-do-sistema-de-recompensa-cerebral-e-dependencia-quimica/<br />
<br />
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5520128/Leonardo Viana de Vasconcelos Martinshttp://www.blogger.com/profile/03931436674689038787noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2484578479513862329.post-26069856084708048042017-11-22T15:13:00.000-03:002019-09-09T11:13:41.210-03:00PSICÓLOGO PODE ATENDER NA SUA RESIDÊNCIA?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj31fmgIEJEoieF2zU-mYtIVs37dDJKbCP3f4hhoNyWTSyBlZoy6hJbbWMIwakFyX3JR1zQuQk1hWtMa_gYNs_aXbz7SUAEnYsJklk4lpJt5-sMi_6VPQ_ity0Sk3PVFdhWc-I3IkE0WkY/s1600/man-sitting-on-couch-with-therapist-in-front-of-him.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="696" data-original-width="1000" height="222" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj31fmgIEJEoieF2zU-mYtIVs37dDJKbCP3f4hhoNyWTSyBlZoy6hJbbWMIwakFyX3JR1zQuQk1hWtMa_gYNs_aXbz7SUAEnYsJklk4lpJt5-sMi_6VPQ_ity0Sk3PVFdhWc-I3IkE0WkY/s320/man-sitting-on-couch-with-therapist-in-front-of-him.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Recentemente recebi uma pergunta aqui no blog e achei interessante não apenas responder a pessoa mas desenvolver um pouco mais de fazer um post sobre isso. Então vamos lá.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A pergunta em questão foi essa:</div>
<div style="text-align: justify;">
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<i>"Uma psicóloga que mora em um condomínio pode atender pacientes em seu apartamento? </i></div>
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<i>Moradores se incomodam com entra e sai de pessoas desconhecidas e ficam nervosas quanto a alguém sofrer uma crise e fazer maus para suas crianças que ali estão nas áreas comuns."</i></div>
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<i></i><br />
<a name='more'></a><i><br /></i><br />
<i><br /></i></div>
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E aí, pode ou não? Um psicólogo pode atender seus pacientes na sua residência? Eu formei meu pensamento em relação a essa indagação, mas também entrei em contato com o Conselho Regional de Psicologia 11ª Região, para ver as questões legais desse problema. Segue a resposta do CRP 11:</div>
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<i>"Prezado Leonardo, não há vedação específica no sistema conselho de psicologia sobre o atendimento psicológico na residencia do psicólogo. Essa é até uma prática comum em outros países como a França, por exemplo. No entanto, o conselho de psicologia, quando questionado pela categoria sobre essa possibilidade, não orienta a prestação de serviço psicológico nesses moldes, pois considera que existem riscos para o profissional, para os clientes e para os condôminos. Geralmente, na convenção coletiva dos condomínios há vedação na utilização do local para fins comerciais. Outro fator considerado pelo CRP11 é de que no local da prestação de serviço como autônomo deve haver alvará de funcionamento e alvará da vigilância sanitária - matéria de que tratam os regionais da prefeitura. Essas são informações úteis para denuncias junta a prefeitura e aos responsáveis pelo condomínio."</i></div>
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<i><br /></i></div>
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Ou seja, existem questões legais específicas para transformar o seu apartamento em um consultório, existem legislações que precisam ser respeitadas, não é simplesmente usar o apartamento como consultório e pronto. É necessário que a legislação do condomínio permita e que tenha os alvarás de funcionamento como qualquer estabelecimento, além de outros registros que não vou adentrar aqui. </div>
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<br /></div>
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O próprio Conselho de Psicologia, apesar de não haver um impedimento legal, desaconselha essa tipo de prática. Eu penso que pode acontecer alguns problemas. O primeiro é o transito constante de pessoas estranhas, como bem se queixou a pessoa que em enviou a pergunta. E quando falamos de saúde mental, falamos de pessoas que estão passando por problemas, podem ter transtornos mentais, tem risco de surtar. Imagine uma pessoa surtar e ir para os apartamentos vizinhos, ou causar dano ao patrimônio do condomínio, ou ainda, cometer suicídio nas dependências do prédio onde brincam crianças. Já vi pacientes antes do atendimento entrarem em crises, gritando, esmurrando as paredes, se jogando no chão. É uma possibilidade. E em um local inapropriado para este tipo de intervenção o resultado pode ser desastroso. </div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhl289CgZOI-0tvet25gHixQUCpwm74eTzcfJ4UBXC67To_3nx3Z0NMcgp6fNjXkapyTMiah9XzYdSgSHc_fiZ0PqDFcT4zatTGuV4UK2cEvQ4ZZKsaWMJ5l9oslVE6kQzaUaRqU_-aGs/s1600/Psychology+Solutions+Consultation+Room+2+%2528web%2529.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="417" data-original-width="800" height="166" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhl289CgZOI-0tvet25gHixQUCpwm74eTzcfJ4UBXC67To_3nx3Z0NMcgp6fNjXkapyTMiah9XzYdSgSHc_fiZ0PqDFcT4zatTGuV4UK2cEvQ4ZZKsaWMJ5l9oslVE6kQzaUaRqU_-aGs/s320/Psychology+Solutions+Consultation+Room+2+%2528web%2529.jpg" width="320" /></a></div>
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Temos ainda a questão do local de trabalho ser a morada do psicólogo. Em nossa profissão nós lidamos com muito sofrimento, e associar o local de cuidado, de relação com a dor do outro com o ambiente de repouso e lazer é um pouco complicado, no meu ponto de vista. Quando terminamos de atender, precisamos nos recompor, pois o trabalho do psicólogo gera um desgaste emocional e mental considerável. É preciso haver uma diferenciação, não acho nada saudável viver no ambiente de trabalho. </div>
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<br /></div>
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Mas então, espero ter esclarecido a pessoa que me perguntou e a muitas outras que tinham a mesma dúvida. Fiquem à vontade para fazer perguntas, mandar temas ou sugestões e críticas. Obrigado!</div>
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Leonardo Viana de Vasconcelos Martinshttp://www.blogger.com/profile/03931436674689038787noreply@blogger.com20tag:blogger.com,1999:blog-2484578479513862329.post-47331952569733770362017-10-18T09:57:00.002-03:002017-10-23T08:56:24.006-03:00CURSO DE TANATOLOGIA! [ATUALIZADO]<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Com muita satisfação anunciamos o início das inscrições para o I Curso vivencial de Tanatologia!!!</div>
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As vagas são limitadas!!</div>
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Link para inscrições: </div>
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<a href="https://goo.gl/forms/FR5RvMeneXmV7WIg2">https://goo.gl/forms/FR5RvMeneXmV7WIg2</a></div>
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Contato para informações : 3109 6616/ 99996 7447 (WPP)</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDxuRTwyOUOvAIFr49bRqPIpc643_kAHLekgObWrhDn0ka75r489hp9758iMyob1zk0hW14-r5AqSA5OmFRCE2iKpkslVgw2aSFjqtIRrinpaRWNnDe7Nh3LFkAB-9JHKm_7HQXxgCsRs/s1600/FB_IMG_15079349528127469.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1331" data-original-width="1080" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDxuRTwyOUOvAIFr49bRqPIpc643_kAHLekgObWrhDn0ka75r489hp9758iMyob1zk0hW14-r5AqSA5OmFRCE2iKpkslVgw2aSFjqtIRrinpaRWNnDe7Nh3LFkAB-9JHKm_7HQXxgCsRs/s640/FB_IMG_15079349528127469.jpg" width="516" /></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnHbr-aa8UTbV8QMCxZAnhrbnWyBLgLx31_pmzx9wSKzV2t85H-5kD2qKjGn5-Ijs6MamdSfJdSTn3nbJh_8EUK-75uu2TJz-G8Cw-_ctz3Ar5pZ14tY03CxajXON-hAaQFv7S2zrhOjQ/s1600/22709892_364058317341091_1812201501_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="741" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnHbr-aa8UTbV8QMCxZAnhrbnWyBLgLx31_pmzx9wSKzV2t85H-5kD2qKjGn5-Ijs6MamdSfJdSTn3nbJh_8EUK-75uu2TJz-G8Cw-_ctz3Ar5pZ14tY03CxajXON-hAaQFv7S2zrhOjQ/s640/22709892_364058317341091_1812201501_n.jpg" width="494" /></a></div>
<br />Leonardo Viana de Vasconcelos Martinshttp://www.blogger.com/profile/03931436674689038787noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2484578479513862329.post-57163417017238628422017-09-18T10:28:00.000-03:002017-09-18T10:37:14.366-03:00DEPRESSÃO E SUICÍDIO- ENTREVISTA NO PROGRAMA TODOS OS SENTIDOS<div style="text-align: justify;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrqKXntonFPvi4X964gzFyJETotp5XyRUnVa5rv5SaDvbx4xix9Wa1C2356qgQX3tCaBwcNuzjPRkReJ3aVt2jlbDe7QcGLPOROn6wkpfgZU1neEfkf4RtqIoNFPjux2Pkix2AWXodIO0/s1600/radio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="600" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrqKXntonFPvi4X964gzFyJETotp5XyRUnVa5rv5SaDvbx4xix9Wa1C2356qgQX3tCaBwcNuzjPRkReJ3aVt2jlbDe7QcGLPOROn6wkpfgZU1neEfkf4RtqIoNFPjux2Pkix2AWXodIO0/s320/radio.jpg" width="320" /></a></div>
Olá, sejam muito bem vindos a mais uma postagem! Trabalho e mais trabalho. Ah, como eu gostaria de ter mais tempo para postar aqui. O programa 10 minutos de Psicologia está parado por problemas técnicos que ainda não consegui solucionar. Entretanto, segue minha entrevista para o programa Todos os Sentidos, da Rádio Universitária da Universidade Federal do Ceará, originalmente transmitido no dia 13/09/2017, que agora disponibilizo para que vocês possam ouvir na íntegra. Falamos sobre Depressão e Suicídio, esclarecendo muitas dúvidas dos ouvintes! Espero que possa ajudar a não só passar mais conhecimento para vocês como ajudar a quem precisa. </div>
<br />
#SetembroAmarelo #EspalheVida #EspalheAmarelo<br />
<br />
<iframe frameborder="no" height="300" scrolling="no" src="https://w.soundcloud.com/player/?url=https%3A//api.soundcloud.com/tracks/342884794&color=%23ff5500&auto_play=false&hide_related=false&show_comments=true&show_user=true&show_reposts=false&visual=true" width="100%"></iframe>Leonardo Viana de Vasconcelos Martinshttp://www.blogger.com/profile/03931436674689038787noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2484578479513862329.post-16209996788774066462017-09-06T10:14:00.000-03:002017-09-06T11:49:17.906-03:00SETEMBRO AMARELO 2017<div style="text-align: justify;">
Olá! Estamos em setembro e é um mês muito importante para a saúde mental. Setembro é o mês que fazemos a campanha do Setembro Amarelo, onde buscamos conscientizar a sociedade para a questão da prevenção do suicídio. Como muitos sabem, o suicídio é um problema de saúde pública cujas estatísticas vem apontando cada vez mais para um aumento das taxas em nosso país, principalmente em algumas cidades como Fortaleza. Então, nesse mês, são realizados vários eventos pelo PRAVIDA, um programa da Universidade Federal de Fortaleza do qual faço parte, com o objetivo de informar e conscientizar. Deixo abaixo o cronograma das ações que vão ser realizadas aqui em Fortaleza. </div>
<div style="text-align: justify;">
#EspalheVida #EspalheAmarelo #PrevençãodeSuicídio<br />
<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4PABtmSiNVvraK8mUltqn39nkJBEiD9fMZX8tvUefOk1yReG_ZsM9nVjwqTMeyUGxzLdyv57vAGdXepAJYK_Oy1JkUOmxd8jJM5YrVLb5iPhnrRh9BTkEEkb4xr6JFhKc79_AG4QXUdQ/s1600/IMG-20170906-WA0023.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="720" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4PABtmSiNVvraK8mUltqn39nkJBEiD9fMZX8tvUefOk1yReG_ZsM9nVjwqTMeyUGxzLdyv57vAGdXepAJYK_Oy1JkUOmxd8jJM5YrVLb5iPhnrRh9BTkEEkb4xr6JFhKc79_AG4QXUdQ/s640/IMG-20170906-WA0023.jpg" width="480" /></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDfpwYHvWrnmsdaAewEQ_f3pUQ5J3RYyi79dQO2dAzrMCTvefxKBVTu0xP4CO-h0xeZglfBqtxclB1ldcZHdqC7V7Zv4J2mbeFXc4e6aLOMhTGOmCApRzIkVBiLT4IPDljsQ1L86htJrk/s1600/IMG-20170905-WA0047.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="920" data-original-width="650" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDfpwYHvWrnmsdaAewEQ_f3pUQ5J3RYyi79dQO2dAzrMCTvefxKBVTu0xP4CO-h0xeZglfBqtxclB1ldcZHdqC7V7Zv4J2mbeFXc4e6aLOMhTGOmCApRzIkVBiLT4IPDljsQ1L86htJrk/s640/IMG-20170905-WA0047.jpg" width="451" /></a></div>
<br />Leonardo Viana de Vasconcelos Martinshttp://www.blogger.com/profile/03931436674689038787noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2484578479513862329.post-48446221693395805332017-08-23T15:34:00.001-03:002017-08-24T09:48:12.553-03:00O QUE É A BULIMIA?<div style="text-align: justify;">
Olá! Hoje vamos falar sobre Bulimia, explicando muitas coisas a respeito desse transtorno, falando sobre o diagnóstico e o tratamento.</div>
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<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtZbK3nQv0Y2F59nKfP84_JeN-ZFzezxmWRICED_VFfSb-MRDKlWjthzO0GN4jh_xZC747d12dxqpF7Uni5_b1B7HgStdR2Btw2dSWkz5M6KoGSOC_BuGOk9JGM7zOK3DubehMLEfrZvw/s1600/Bulimia-01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="566" data-original-width="848" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtZbK3nQv0Y2F59nKfP84_JeN-ZFzezxmWRICED_VFfSb-MRDKlWjthzO0GN4jh_xZC747d12dxqpF7Uni5_b1B7HgStdR2Btw2dSWkz5M6KoGSOC_BuGOk9JGM7zOK3DubehMLEfrZvw/s320/Bulimia-01.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Basicamente a Bulimia é um transtorno que se caracteriza por episódios recorrentes e incontroláveis de compulsão alimentar, seguidos de reações inadequadas para evitar o ganho de peso, tais como indução de vômitos, uso de laxativos e diuréticos, jejum prolongado e prática exaustiva de atividade física. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Compulsão alimentar é a ingestão de uma grande quantidade de comida, por um período de tempo (menos de duas horas). A pessoa sente que não tem controle e acaba ingerindo essa grande quantidade de alimento, comendo duas a três vezes do mais do que normalmente ela comeria. O tipo de alimento ingerido pode variar, de acordo com cada indivíduo. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
As pessoas que tem Bulimia em geral sentem muita vergonha dos seus atos para perder peso (indução de vômitos, uso de laxativos, etc), e procuram esconder o que estão fazendo da família e dos amigos. Isso é um problema porque o problema acaba se estendendo muito antes que a pessoa busque ajuda. Lembro de uma paciente que eu atendi que a família só descobriu o que estava acontecendo quando encontraram sacos cheios de vômito debaixo da cama dela. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A pessoa acaba tendo sentimentos negativos em relação aos alimentos, ao peso corporal e a forma do corpo. O aspecto essencial da Bulimia é o comportamento recorrente de utilizar meios mal adaptados para evitar o ganho de peso. Em alguns casos a pessoa vai comer sempre com o objetivo de vomitar depois e este é o comportamento compensatório inapropriado mais comum. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiUUcp6oDkS7ZJ3vgo9fhzxHgC_xPVpVm6OPJHzBNV9WxF-Pb01kAVqmr0bn5F9kuPrDTrdp98Y4UvC2Tt4ct34gd5pgmvFeMUJUeas8CNr25-VeoBhv_JBQSuur2L9KAbY74r25AwJq4/s1600/bulimia-450x356.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="356" data-original-width="450" height="253" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiUUcp6oDkS7ZJ3vgo9fhzxHgC_xPVpVm6OPJHzBNV9WxF-Pb01kAVqmr0bn5F9kuPrDTrdp98Y4UvC2Tt4ct34gd5pgmvFeMUJUeas8CNr25-VeoBhv_JBQSuur2L9KAbY74r25AwJq4/s320/bulimia-450x356.jpg" width="320" /></a>Pessoas com esse transtorno tem sérios problemas de autoestima e sempre enfatizam a forma negativa como se percebem, demonstrando distorções em relação a sua autoimagem. Mesmo o paciente estando com baixo peso, ele continua a se achar feio e gordo. Então pessoas com baixa autoestima, preocupações excessivas com peso e com a o corpo, sintomas depressivos e ansiosos são fatores que podem desencadear o quadro. É bem mais frequente no sexo feminino. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O risco de suicídio é algo preocupante em pacientes com esse transtorno. é importante que o profissional que acompanhe esse tipo de caso esteja sempre alerta para os sinais de ideação suicida que o paciente possa manifestar. Não é incomum esses pacientes apresentarem um transtorno depressivo. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
De 10 a 15% dos pacientes bulímicos revertem o quadro para anorexia, o que é algo bastante preocupante. As consequências da bulimia são variadas e graves e podem causar lesões irreversíveis ou de difícil tratamento. Alguns exemplos são: fadiga, arritmia cardíaca, irregularidade menstrual, ossos e dentes frágeis, vasos sanguíneos dilatados na pele do rosto e problemas de estômago e esôfago e na boca, em decorrência do suco gástrico que constantemente é expelido no processo de indução do vômito e da perda de nutrientes no processo.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O tratamento é feito através de uma equipe multidisciplinar, onde médicos, psicólogos, psiquiatras, nutricionistas irão acompanhar o caso do paciente. São utilizados antidepressivos, principalmente por conta dos sintomas de depressão e ansiedade e para ajudar a controlar a impulsividade. A psicoterapia vai auxiliar o paciente a entender melhor o seu problema, a lidar com ele e trabalhar as questões em relação a imagem corporal, ao significado da alimentação para aquele indivíduo e questões de autoestima.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É muito importante que a pessoa que está passando por isso não guarde para si, e busque imediatamente ajuda. Tudo que tratamos precocemente acaba trazendo mais benefícios para o paciente. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
REFERÊNCIAS:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
http://www.abpcomunidade.org.br/site/?p=275</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
https://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/bulimia-nervosa/</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. American Psychiatric Organization. 5a ed. Porto Alegre: Artmed, 2015.</div>
Leonardo Viana de Vasconcelos Martinshttp://www.blogger.com/profile/03931436674689038787noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2484578479513862329.post-17029780258117172792017-07-06T10:43:00.000-03:002017-07-06T10:43:32.012-03:00DEBATE SOBRE O FILME "CAKE UMA RAZÃO PARA VIVER" E A PREVENÇÃO DE SUICÍDIO<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Olá a todos que acompanham meu trabalho, hoje estou compartilhando com vocês a entrevista e o debate acerca do filme Cake- Uma Razão Para Viver, que aconteceu na Universidade de Fortaleza, Unifor. Falamos sobre o filme e sobre prevenção do suicídio. </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/WLAzIDYNL7o/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/WLAzIDYNL7o?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<br />Leonardo Viana de Vasconcelos Martinshttp://www.blogger.com/profile/03931436674689038787noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2484578479513862329.post-68058321696822294702017-06-26T10:59:00.001-03:002017-07-10T11:31:25.740-03:00VAMOS FALAR SOBRE 13 REASONS WHY <div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPDRl0AanR1hmw97wXEKmc7V0nMDrl52Ag12hTwLk_B217uPf6fEJpZUzQpg6Nvl9NIedQpwOoua2JnXXHL7q6z_cPqgECL1qJirSk2JIlLh8rVlSuQ4WgECUrYvShezlzFjNgrVk_JBY/s1600/13-reasons-why.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="202" data-original-width="500" height="160" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPDRl0AanR1hmw97wXEKmc7V0nMDrl52Ag12hTwLk_B217uPf6fEJpZUzQpg6Nvl9NIedQpwOoua2JnXXHL7q6z_cPqgECL1qJirSk2JIlLh8rVlSuQ4WgECUrYvShezlzFjNgrVk_JBY/s400/13-reasons-why.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
Demorou, eu sei. Existem muitos textos sobre isso na internet hoje, entretanto eu precisava assistir e escrever sobre isso, uma vez que trabalho com saúde mental e prevenção ao suicídio. Tomei o cuidado de não ler nada, nenhum artigo sobre essa série, para não me "contaminar" e poder escrever minhas ideias de forma mais clara e autenticas o quanto possível. Nesse artigo, minha proposta é analisar a série, contrapor com meus pensamentos e com dados de estudos científicos relacionados à saúde mental e prevenção de suicídio.</div>
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[AVISO!!! SE VOCÊ NÃO ASSISTIU E NÃO QUER RECEBER <span style="color: red;">SPOILERS</span>, ASSISTA E DEPOIS VOLTE AQUI. ESTOU AVISANDO, VAI TER <span style="color: red;">SPOILERS</span> AQUI DA SÉRIE. SE VOCÊ NÃO SE PREOCUPA COM ISSO ENTÃO PODE CONTINUAR.]<br />
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Lembro que quando começaram a falar da série 13 Reasons Why houve muito burburinho sobre aquilo estar sendo mostrado, se não poderia incentivar as pessoas. Ouvi um comentário dizendo que o suicídio era tratado de forma romantizada na série e muitas pessoas pisando em ovos com relação ao tema. Pois digo exatamente o que penso: precisamos falar sobre suicídio, sem medos e sem tabus. Eu compreendo o medo das pessoas, mas existe muita informação sobre o tema disponível, talvez as pessoas não tenham acesso, não sei. Mas aqui terão acesso a informação científica e espero que possam aquietar essas angústias. Visitem outros artigos meus acerca do tema (clicando <a href="http://psicologizzano.blogspot.com.br/2016/09/entrevista-suicidio-na-adolescencia-e.html" target="_blank">aqui</a>, <a href="http://psicologizzano.blogspot.com.br/2016/09/suicidio-o-que-fazer-para-prevenir.html" target="_blank">aqui</a> e <a href="http://psicologizzano.blogspot.com.br/2016/09/entrevista-precisamos-falar-sobre-o.html" target="_blank">aqui</a>).</div>
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<b><span style="font-size: large;">13 REASONS WHY</span></b></div>
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Gostaria de falar primeiro como expectador, não como psicólogo. Eu me entreguei ao assistir a série, sozinho, concentrado, me senti em certo momento fazendo parte daquele mundo, daquela escola com aqueles alunos e seus dramas. Passei por seus dores, medos, raivas, decepções. Houve momentos em que fiquei triste, outros em que me senti bastante angustiado e outros em que vibrei de alívio. Mas também vieram momentos de dor e pesar. A série realmente é muito densa, aborda temas pesados e é capaz de mexer bastante com o sentimento das pessoas. Há uma progressão, senti que ela começa e conforme avança vai ficando cada vez mais e mais pesada em cima das problemáticas a qual retrata.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQS4s0m7rJZsbDQl6s-TZcK7AmieO__n5DnbN-qpXP8_raErxcUdV-Rh-Mx6pEjOltdOJalvLQeaia-QbYiHGERCBuA6G0IN0xeVxMruRTVtBqcnwqGIfgzltgyt0jn_mVgHLR3cs5tUo/s1600/a5128625b0ace9338f4aada10c3f6749092004ee.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="576" data-original-width="1024" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQS4s0m7rJZsbDQl6s-TZcK7AmieO__n5DnbN-qpXP8_raErxcUdV-Rh-Mx6pEjOltdOJalvLQeaia-QbYiHGERCBuA6G0IN0xeVxMruRTVtBqcnwqGIfgzltgyt0jn_mVgHLR3cs5tUo/s400/a5128625b0ace9338f4aada10c3f6749092004ee.jpg" width="400" /></a></div>
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Agora vamos ao meu olhar de psicólogo. A série acompanha as experiências de uma adolescente do que seria análogo ao nosso 2o ano do ensino médio, Hannah Baker, que logo de cara você recebe descobre que ela cometeu suicídio e que os alunos estão tentando lidar com isso. Então o melhor amigo dela, Clay, recebe um pacote com fitas cassetes e descobre que Hannah gravou 13 fitas falando sobre como se sentia e de coisas que aconteceram com ela, levando a tomar sua decisão de tirar a própria vida. Clay vai ouvindo as fitas e o expectador vai descobrindo, junto com ele, tudo aquilo pelo qual Hannah passou, vai descobrindo os segredos dos seus colegas de escola e se dando conta de como tudo poderia ter sido evitado. Gostaria de ressaltar pontos chave para comentar e ficar algo mais organizado.</div>
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-<b>BULLYING</b>: É um dos temas centrais do seriado e é um dos grandes problemas que impulsionam as taxas de suicídios entre os jovens. Vejam essas reportagens:</div>
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<li>Garoto se Suicida após sofrer bullying e colégio não tomar atitude (<a href="https://catracalivre.com.br/geral/cidadania/indicacao/garoto-se-suicida-apos-sofrer-bullying-e-colegio-nao-tomar-atitud/" target="_blank">aqui</a>)</li>
<li>Suicídios de meninas de 17 e 13 anos reacendem debate sobre bullying em escolas na França (<a href="http://g1.globo.com/educacao/noticia/2016/10/suicidios-de-meninas-de-17-e-13-anos-reacendem-debate-sobre-bullying-em-escolas-na-franca.html" target="_blank">aqui</a>)</li>
<li>“Não aguento ir ao colégio”: Diego de 11 anos, suicida-se por sofrer bullying na escola (<a href="http://www.psicologiasdobrasil.com.br/nao-aguento-ir-ao-colegio-diego-de-11-anos-suicida-se-por-bullying-na-escola/#ixzz4JfUhfaCW" target="_blank">aqui</a>)</li>
</ul>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxZmEz-0zq-jtdoePfQiKL6LypLmOw9ohZzOkNdkXJlAWaAV1IQkK6puMuSPVq8vD4rGE_OKMHY7_cVkkILCwXeNB0vpiZATf8cx6OLhit3_K0i_R-jQJzKQGtxHWsdcFDmitjsY-Ynx0/s1600/13-Reasons-Why-Saison-1-Episode-04-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="342" data-original-width="620" height="176" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxZmEz-0zq-jtdoePfQiKL6LypLmOw9ohZzOkNdkXJlAWaAV1IQkK6puMuSPVq8vD4rGE_OKMHY7_cVkkILCwXeNB0vpiZATf8cx6OLhit3_K0i_R-jQJzKQGtxHWsdcFDmitjsY-Ynx0/s320/13-Reasons-Why-Saison-1-Episode-04-2.jpg" width="320" /></a></div>
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O que é retratado na série não está longe do mundo real, pelo contrário, está bem colado. Mas o que sabemos sobre a correlação entre bullying e suicídio? Algumas pessoas (até mesmo pais), podem achar exagero um aluno cometer suicídio por sofrer bullying na escola. Vamos aos estudos.<br />
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<li>Suicídio é a terceira causa de morte entre jovens, resultando em aproximadamente 4.400 mortes por ano nos Estados Unidos, de acordo com o Centro de Controle de Doenças. </li>
<li>Vítimas de Bullying tem de 2 a 9 vezes mais chance de cometer suicídio do que pessoas que não sofrem bullying, de acordo com estudos da Universidade de Yale. </li>
<li>Um estudo britânico estimou que metade dos suicídios entre jovens estão relacionados ao bullying, meninas de 10 a 14 anos tem mais chance de cometer suicídio. </li>
</ul>
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Há muitas situações em 13 Reasons Why que podem ser enquadradas como bullying. Muita gente acha que bullying é apenas quando ocorre violência física, portanto acho importante trazer uma definição do que seria bullying. </div>
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"É qualquer forma de abuso, psicológico, verbal ou físico, que ocorreu entre crianças de escola várias vezes ao longo de um determinado momento." </div>
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Logo de início, Hannah se envolve com Justin, jogador de basquete da escola, popular entre as garotas, mas um rapaz que só quer saber de curtição. Ele tira uma foto por baixo da saia de Hannah e espalha através dos aplicativos de mensagem para celular em toda escola. Isso já é um passo além, pode ser considerado cyberbullying, que é o bullying através das redes sociais e de meios eletrônicos. Hannah se sente mal por virar assunto da escola, começa a imaginar o que estão falando dela, boatos sobre ela ser fácil e de contato sexual se espalham. Esse é o primeiro conflito que Hannah tem de lidar. </div>
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Não é fácil lidar com cyberbullying tanto quanto o bullying convencional. </div>
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<li>Após ter vídeo íntimo compartilhado na internet, italiana comete suicídio (<a href="http://www.revistaforum.com.br/2016/09/15/apos-ter-video-intimo-compartilhado-na-internet-italiana-comete-suicidio/" target="_blank">aqui</a>)</li>
</ul>
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Algo que é comum hoje em dia, gravações de vídeos íntimos, fotos íntimas que são vazadas, muitas vezes por vingança, outras vezes de forma inconsequente, podem acarretar transtornos terríveis na vida dessas pessoas. No ambiente escolar isso é bem mais impactante, porque aquele aluno(a) acaba sendo visado, seu rendimento escolar cai, faltas são comuns, muitas vezes o aluno não suporta a pressão e muda de escola ou pode simplesmente abandonar os estudos. </div>
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-<b>ESTUPRO/ ABUSO SEXUAL</b>: é bem sabido que este é um dos fatores de risco para suicídio.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhepBA9EMS3u-vbEcPL-m2lnMwe13I98dumojDuv9B4psmmKMIZzpWaktYjgnCq8NT37xU6x4059r1WJ9ULYfyPjyKnAwPzI8-H4SrZP-hufI7ST6vy_8n0U9aStKVT3OqYYj7L0E7QrPg/s1600/919083ab-8066-4de1-8f72-6df546a37e05.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1355" height="255" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhepBA9EMS3u-vbEcPL-m2lnMwe13I98dumojDuv9B4psmmKMIZzpWaktYjgnCq8NT37xU6x4059r1WJ9ULYfyPjyKnAwPzI8-H4SrZP-hufI7ST6vy_8n0U9aStKVT3OqYYj7L0E7QrPg/s320/919083ab-8066-4de1-8f72-6df546a37e05.png" width="320" /></a></div>
Vítimas de abuso ou estupro possuem mais chances de vir a cometer suicídio do que não vítimas. Temos duas situações na série que são bem fortes, ambas envolvendo estupro. A primeira é a Jessica que, bêbada numa festa, é estuprada por Bryce "amigo" de Justin, enquanto Hannah presencia tudo escondida no quarto. Aquela cena é chocante para ela, traumático ver a pessoa que considerou amiga estando indefesa e sendo estuprada. Outro momento é quando Bryce estupra Hannah na banheira, não dando chance dela se desvencilhar. Ela não consegue reagir contra ele e temos aí outro trauma, decisivo para sua decisão final. <br />
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"Os adultos que foram vítimas de abuso físico durante a infância relataram índices mais elevados de ideação suicida e relataram ter realizado mais tentativas de suicídio ao longo da vida. Encontramos resultados semelhantes no que se refere às experiências de negligência e ao ambiente familiar disfuncional" (<a href="http://www.scielo.br/pdf/rprs/v32n3/1321.pdf" target="_blank">SILVA, Suzana, MAIA, Angela, 2010</a>)<br />
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Não é fácil para uma vítima de abuso contar para a família ou denunciar o agressor. Daí a importância do diálogo (que discuto mais abaixo), de haver um canal aberto na família para que caso algo assim ocorra, não seja mascarado e fique oculto durante anos. Já perdi a conta de quantos pacientes atendi na clínica que sofreram abuso na infância, em vários níveis, e nunca contaram para a família, consequentemente nunca houve punição para o agressor, que provavelmente continuou os abusos com outras pessoas. </div>
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<br /></div>
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-<b>DIÁLOGO</b>: Na série você não vê diálogo ente pais e filhos. Os filhos não conversam com seus pais para dizer o que estão passando, quais problemas estão enfrentando. Pois isso, quando os pais de Hannah a encontraram morta eles não entendia o que havia motivado o ato e passam o seriado inteiro em busca de respostas que os ajude a entender. Clay passa toda a estória escondendo tudo de seus pais, e em determinado momento quando sua mãe não aguenta mais tantos segredos ele cede e diz que logo vai revelar tudo a ela. Mas a série termina e a mãe de Clay ouve sobre as fitas e sobre o envolvimento de Clay com elas por outra pessoa. Hannah não conta para os pais as coisas que tem passado, os problemas e conflitos que se desenrolam na escola porque sempre que ela tenta se aproximar de alguém acaba dando errado. </div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjc6nAutfagSBVcPYzHhe1xrseCbaxqpT4iSEu0webbWNEoM6p5QVbHHNcN7dCpHBnjNQEg-DVZqzknIWLhfUDH5lcSSUPow4XS61H25VuIfbtMLeevX4K5ep6F4F-paQBW4I8fJB7dDBM/s1600/Screen_Shot_2017_04_14_at_11.28.14_AM.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="803" data-original-width="1435" height="179" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjc6nAutfagSBVcPYzHhe1xrseCbaxqpT4iSEu0webbWNEoM6p5QVbHHNcN7dCpHBnjNQEg-DVZqzknIWLhfUDH5lcSSUPow4XS61H25VuIfbtMLeevX4K5ep6F4F-paQBW4I8fJB7dDBM/s320/Screen_Shot_2017_04_14_at_11.28.14_AM.png" width="320" /></a></div>
<br /></div>
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O que gostaria de deixar claro é, o quão importante esse diálogo é e como isso pode ajudar a identificar sinais não só de bullying, mas de depressão e de ideação suicida. Somente ao fim da série, alguns dos alunos que passaram por experiências ruins, como a Jessica que é estuprada, contam o que de fato aconteceu para seus pais. Diálogo é uma forma dos pais acompanharem a vida social e escolar do filho, de poder abrir um canal de comunicação para tratar de assuntos difíceis, fornecer suporte emocional e mostrar o amor que tem. </div>
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-<b>CONSELHEIRO ESCOLAR</b>: Durante toda série eu fiquei observando como aquele conselheiro era de alguma forma estranha, mal preparado para lidar com os alunos, visto que ele não consegue estabelecer um vínculo positivo com ninguém. Todos que vão a sua sala tem a necessidade de falar, e desistem. Conselheiro escolar não é o mesmo que psicólogo escolar, que fique bem claro, ali é uma particularidade das escolas americanas. Todavia, é um profissional que deve estar capacitado para ouvir e orientar os jovens. Apenas no fim o expectador fica sabendo que Hannah o procurou, como última tentativa, um pedido de ajuda, e ele não conseguiu captar a mensagem que ela tentava passar, novamente demonstrando essa dificuldade de criar um rapport com os estudantes. </div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTYnoh6cVliGPEea8I-PGvuBLvjaIek9Y5Ikeh44j_CHr993CfXJIpn454yAy560zpbtxwzRyS3EA8g9WVOnD4CIoxs6SeyzMrfhF_kSZkN8qa3382NHRsUjZ4x1A15dvOvFOB3hFf5WY/s1600/Mrp.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="630" data-original-width="1200" height="168" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTYnoh6cVliGPEea8I-PGvuBLvjaIek9Y5Ikeh44j_CHr993CfXJIpn454yAy560zpbtxwzRyS3EA8g9WVOnD4CIoxs6SeyzMrfhF_kSZkN8qa3382NHRsUjZ4x1A15dvOvFOB3hFf5WY/s320/Mrp.jpg" width="320" /></a>Nem sempre as pessoas estão dispostas a falarem sobre seus medos ou sobre coisas dolorosas assim. É muito comum na clínica paciente que só depois de um tempo, quando estão mais acostumados começarem a se abrir e falar dos seus problemas. Mesmo ouvindo o relato de Hannah ele não atentou para o pedido de socorro dela, que estava implícito naquela mensagem. Sim, profissionais não tem bola de cristal, como alguém aí deve estar pensando, mas quem trabalha nesse tipo de posição tem que ter empatia, sensibilidade para perceber essas nuanças. Além disso, é preciso capacitar os profissionais das escolas para perceberem os sinais de ideação suicida. Nem todas as escolas brasileiras possuem psicólogos, e muitas escolas grandes e particulares em geral focam os esforços do psicólogo em outras áreas que não a prevenção de suicídio (tenho amigos que foram psicólogos escolares). Ainda é um tabu grande trabalhar a prevenção de suicídio nas escolas (principalmente nas privadas), mas somente prevenindo podemos evitar tragédias. Todo corpo escolar deve ser capacitado para reconhecer sinais que possam indicar sofrimento psíquico e emocional intensos, de modo a poder se aproximar do aluno e estabelecer uma via de diálogo, dar suporte e avisar os pais e encaminhar para acompanhamentos mais especializados quando for o caso.</div>
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-<b>AUTOMUTILAÇÃO</b>: automutilação é um comportamento recorrente em algumas tentativas de suicídio, sintoma de alguns transtornos (vide meu artigo sobre Transtorno de Personalidade Borderline clicando aqui) e até mesmo um diagnóstico de autolesão não suicida. A automutilação pode ser definida como qualquer comportamento intencional envolvendo agressão direta ao próprio corpo sem intenção consciente de suicídio, apesar da nomenclatura, pode envolver queimaduras, fincar objetos na pele, etc. É mostrado, de forma breve, uma personagem com cortes no braços: Skye. Em dois breves <i>takes,</i> Clay percebe que o braço dela está cheio de riscos, cicatrizes de cortes, e a confronta no que ela responde "É o que você faz ao invés de se matar". Comportamento autolesivo não é incomum de ser precedido de ideação suicida, indica um grau de sofrimento psíquico e deve ser cuidado.<br />
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-<b>SUICÍDIO</b>: Desde o primeiro episódio de 13 Reasons Why é perceptível o quanto é difícil para os alunos aceitarem e lidarem com o suicídio de Hannah. A maioria prefere evitar o assunto e o expectador sente um clima pesado no ambiente escolar. Todos estão tentando retomar o cotidiano, mas o fantasma do suicídio assombra a escola. Alguns alunos tentam lidar com isso espalhando cartazes, mensagens positivas no armário de Hannah, a escola inclusive inicia um processo de orientar os pais sobre possíveis sinais (mas se não estou enganado isso vem apenas depois que os pais de Hannah entram com um processo contra a escola).<br />
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Suicídio é um tabu, é inegável. Não sabemos nem ao menos lidar direito com as mortes cotidianas (sejam de causas naturais ou não), logo enfrentar uma morte auto-infligida é um patamar muito mais difícil para nossa sociedade. Na série, os estudantes que tinham contato com Hannah não admitem (exceto Alex) que tiveram influência em algum ponto para motivar Hannah ao suicídio. Alex é um dos que mais se culpa, a ponto de no último capítulo tenta se matar com arma de fogo.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFPKalOPP8wwlt9m6Fv468XvmFZHj5LWsqrhuK_6yYZ2VAISNkr3Ey817VuySYpa96tU0H3mdSc7Oy-I6RoHVo5ET0MwMeln4Pdlv-w7-5w3soayJo4w574rcdENuDUaHAM9Cu4W_LWbE/s1600/screen-shot-2017-04-12-at-3-24-08-pm.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="439" data-original-width="725" height="193" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFPKalOPP8wwlt9m6Fv468XvmFZHj5LWsqrhuK_6yYZ2VAISNkr3Ey817VuySYpa96tU0H3mdSc7Oy-I6RoHVo5ET0MwMeln4Pdlv-w7-5w3soayJo4w574rcdENuDUaHAM9Cu4W_LWbE/s320/screen-shot-2017-04-12-at-3-24-08-pm.png" width="320" /></a></div>
Gosto sempre de lembrar que o suicídio é um fenômeno complexo e multideterminado, logo não existe um motivo único para uma pessoa pensar ou cometer suicídio, mas um somatório de fatores, entre riscos e proteção. Se os fatores de risco superam os de proteção então as chances aumentam vertiginosamente. Bullying, decepções, solidão, isolamento, abuso sexual, possível transtorno mental, todos são fatores de risco.<br />
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Não fica claro em 13 Reasons Why, até porque é uma obra de ficção e limitada, mas geralmente existe um transtorno mental por trás das tentativas de suicídio. Muitas vezes um transtorno mental que não foi diagnosticado porque a pessoa nunca foi avaliada por um especialista.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtwy-UrGtsAf7D3uobIOBCL-jeSYwlFXB7hMohW4tE2UEJcp0BIv5ap-lRh5mihG5J3XsUTMQ04qtciI1yUmuJOKQq_tPEq59XDRHFeY8QSOH7u2bU5p-ZpfAeX8szzFcAlxNasLGOXuI/s1600/transtornos+e+pacientes+suicidas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="408" data-original-width="674" height="241" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtwy-UrGtsAf7D3uobIOBCL-jeSYwlFXB7hMohW4tE2UEJcp0BIv5ap-lRh5mihG5J3XsUTMQ04qtciI1yUmuJOKQq_tPEq59XDRHFeY8QSOH7u2bU5p-ZpfAeX8szzFcAlxNasLGOXuI/s400/transtornos+e+pacientes+suicidas.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
Associados ao bullying geralmente temos a depressão, embora isso não fique claro em Hannah, que parece uma adolescente como qualquer outra. Mas o seriado evidencia a constante busca de Hannah por atenção, por relações sociais, algo que lhe e negado quase o tempo todo, gerando um suposto isolamento social (suposto porque isso não é mostrado de forma clara). Alguns transtornos de personalidade são caracterizados por essa busca constante por atenção. Hannah tinha um transtorno de personalidade não diagnosticado? Talvez, é apenas especulação minha, mas acho possível. Apesar de sua proximidade com Clay, parece que para ela aquela amizade não contava, uma vez que estava sempre em busca da amizade de outros, mesmo Clay estando sempre ali para ela. Mais uma característica dos transtornos de personalidade.<br />
<br />
Supondo que houvesse um programa de prevenção de suicídio na escola, um canal de comunicação com a família, suporte de amigos, Hannah não teria cometido suicídio. Faltaram fatores protetivos. Mesmo quando ela buscou ajuda, o conselheiro falhou em chegar até ela e interpretar o que ela estava dizendo. Isso vale para a vida real. Devemos estar atentos a esses comentários de que a "vida não presta", "o mundo estaria melhor sem mim", "não sirvo para nada", "seria melhor desaparecer". Comentários assim são pedidos de socorro. Mas vamos aos sinais. </div>
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-<b>SINAIS</b>: Você que assistiu 13 Reasons Why deve ter se perguntando "Quais os sinais de uma pessoa que está pensando em cometer suicídio?". É difícil às vezes ver algo quando não se está procurando ou quando não se sabe o que se está procurando. Os sinais podem ser bem sutis em 13 Reasons Why eles são. O primeiro grande sinal é o poema de Hannah, que Ryan publica sem ela saber e que a deixa mal por saber que seus pensamentos agora são de domínio público. O poema de Hannah é forte e recheado de metáforas sobre sofrimento e o desejo de morrer. Hannah fica muito transtornada ao ver que, mesmo anonimamente, todos começam a comentar seu poema. A mesma coisa acontece com um sujeito com ideações suicidas. Imaginar que as pessoas sabem de suas intenções de tirar a própria vida pode deixá-lo numa situação constrangedora, daí muitas vezes o fato de não falar abertamente sobre isso, de não comunicar diretamente suas intenções. O que nós vamos procurar são sinais indiretos.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTUtG_Ha05YupPK0mUsH5wpA9lB4Y7X2K9sJEXzkMeNdq7eMdaXBLuOHLNWP5dCZzzARXHcAsRPBtBbm_WfIgqGVGFf0rrjUg1Sc6aJbfUqvBDF-_YZSkr59261luZVlMovdwKWDsT1aU/s1600/maxresdefault.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTUtG_Ha05YupPK0mUsH5wpA9lB4Y7X2K9sJEXzkMeNdq7eMdaXBLuOHLNWP5dCZzzARXHcAsRPBtBbm_WfIgqGVGFf0rrjUg1Sc6aJbfUqvBDF-_YZSkr59261luZVlMovdwKWDsT1aU/s320/maxresdefault.jpg" width="320" /></a><br />
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Temos que estar atentos a mudanças de comportamento (de repente a pessoa começa a agir diferente do habitual), isolamento, tristeza, explosões de raiva, comportamento auto-lesivo (se cortar, por exemplo), pensamentos mórbidos. identificando essas alterações, podemos conversar com a pessoa e fazer as seguintes perguntas que vão determinar a ideação suicida:<br />
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1) Você tem planos para o Futuro? A resposta do paciente com risco de suicídio é não<br />
2) A vida vale a pena ser vivida? A resposta do paciente com risco de suicídio novamente é não<br />
3) Se a morte viesse ela seria bem vinda? Desta vez a resposta será sim par aqueles que querem morrer<br />
Se o paciente respondeu como foi referido acima, o profissional de saúde fará estas próximas perguntas:<br />
4) Você está pensando em se machucar/se ferir/ fazer mal a você/ em morrer?<br />
5) Você tem algum plano especifico para morrer/se matar/tirar sua vida?<br />
6) Você fez alguma tentativa de suicídio recentemente?</div>
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Na vida real é mais fácil de perceber esses sinais do que no seriado, visto que a obra de ficção mostra em detalhes o sofrimento de Hannah, mas não os sinais que normalmente os pacientes com ideação suicida dão. A série mostra o suicídio como uma escolha, e aqui eu gostaria de deixar claro meu posicionamento enquanto psicólogo e profissional da saúde. O suicídio é uma opção quando não há apoio. Nunca conheci alguém que quisesse morrer porque sua vida está indo bem, o comportamento suicida é motivado por um sofrimento psíquico intenso e quando não há alternativa para esse sofrimento o indivíduo busca a morte, como forma de alívio. Daí se houver amparo, tratamento e cuidado familiar, a tendência é a ideação ceder e o paciente melhorar. Não é um caminho fácil, mas é um caminho possível e alternativo a morte.<br />
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-<b>SOBREVIVENTES</b>: Nós chamamos de sobreviventes aqueles que vivenciam a perda de alguém para o suicídio- família, amigos, escola, trabalho. Essas pessoas vivenciam o luto de uma forma complexa, quanto mais próximo daquele indivíduo que se suicidou mais difícil é o processo de luto, podendo levar a problemas psicológicos graves. Em geral as pessoas não buscam suporte para lidar com esse tipo de perda, o que é uma questão importante, visto que existem diversos sentimentos associados a morte daquele ente querido.<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgapmVlJ7t_tWV-c6csy10Joh4WfKV2-KFrpOJz-0_JXb39dopeToNTjtQUKG2gEOZuKIziRB1b8rMQvRcxxDMoQil0lQ0XEzVQ-ykQp5oOhUmtg-g2FTjGOSHwAIi4afOVO-xYzjJqn0Y/s1600/e80b097f785c2f7e97c826f2dbb9ea3b2d5c9fa9.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="252" data-original-width="448" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgapmVlJ7t_tWV-c6csy10Joh4WfKV2-KFrpOJz-0_JXb39dopeToNTjtQUKG2gEOZuKIziRB1b8rMQvRcxxDMoQil0lQ0XEzVQ-ykQp5oOhUmtg-g2FTjGOSHwAIi4afOVO-xYzjJqn0Y/s320/e80b097f785c2f7e97c826f2dbb9ea3b2d5c9fa9.jpg" width="320" /></a><br />
Há uma tendência das pessoas em buscar culpados, isso é bem mostrado em 13 Reasons Why quando os pais de Hannah estão tentando a todo custo entender o suicídio de Hannah, assim como Clay também procura culpados e se culpa em vários momentos. É isso mesmo que acontece, sentimentos de raiva, tristeza, em certos momentos há culpa vai para outros, ora para si mesmo. Essa confusão de sentimentos, quando não trabalhada numa sessão de terapia de apoio, por exemplo, pode evoluir para depressão e outros transtornos. Em determinado momento pode levar a uma culpabilização insuportável que culmina com uma nova tentativa de suicídio. Por esse motivo Alex tenta se matar no último capítulo. Enquanto os outros alunos estão fugindo da responsabilidade, evitando o assunto, Alex sempre assumiu que suas ações influenciaram Hannah e essa culpa vai ficando cada vez mais pesada até ser insustentável, o que o leva e tentar suicídio por uso de arma de fogo.<br />
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CONCLUSÕES<br />
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"O Brasil é o quarto país latino-americano em número de suicídio entre 2000 e 2012, segundo a Organização Mundial da Saúde, porém, o Ministério da Saúde traz que o crescimento do número de suicídios no Brasil (5,8 por 100 mil habitantes) é praticamente a metade da média mundial (11,4 por 100 mil habitantes) (<a href="http://www.mastereditora.com.br/periodico/20150501_135302.pdf" target="_blank">WHO, 2014</a>)."<br />
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Bom, sei que o texto ficou bem grande, mas eu queria fazer uma reflexão sobre o que achei pertinente em 13 Reasons Why, ressaltando o que é mostrado com o lado científico, para informar vocês da importância da prevenção. Não podemos nos calar frente ao suicídio, precisamos falar, precisamos abrir canais em que as pessoas que precisam de ajuda possam se agarrar nos momentos difíceis de suas vidas.<br />
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A série não romantiza ou incentiva o suicídio, no meu ponto de vista. Fica claro o sofrimento e a dor de Hannah o tempo todo e como a adolescente não consegue encontrar mecanismos para lidar com isso, além de que a falta de diálogo e sensibilidade de algumas pessoas a faz sentir cada vez mais sozinha até ela tomar sua decisão. Não foram decepções amorosas, a falta de amigos ou bullying, que levaram Hannah a cometer suicídio, mas o somatório dessas experiências traumáticas, assim como a sensação de falta de suporte emocional, aliado a uma personalidade pré-morbida (a pessoa portadora de traços melancólicos e sensibilidade excessiva terá maior probabilidade de desenvolver uma quadro depressivo mais crônico e mais atrelado à personalidade, portanto, terá uma evolução mais desfavorável).<br />
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Vejo o seriado como um alerta, do que ocorre hoje em nossa sociedade, não apenas nas escolas, mas o Brasil tem tido um aumento nas taxas de suicídio ano após ano, enquanto outros países tem conseguido reduzir esses números. É um seriado que precisa ser visto e debatido, pois como sempre digo, é imprescindível falarmos sobre suicídio, mas fora do senso comum, entendo esse fenômeno como um problema de saúde pública, não como uma fraqueza ou uma escolha pessoal.<br />
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REFERÊNCIAS: </div>
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1-http://www.bullyingstatistics.org/content/bullying-and-suicide.html</div>
<div style="text-align: justify;">
2-https://www.cdc.gov/violenceprevention/pdf/bullying-suicide-translation-final-a.pdf</div>
<div style="text-align: justify;">
3-http://www.scielo.br/pdf/rprs/v32n3/1321.pdf</div>
<div style="text-align: justify;">
4-http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1647-21602016000100003</div>
<div style="text-align: justify;">
5-http://revpsi.org/wp-content/uploads/2015/12/Fukumitsu-et-al.-2015-Posvenção-uma-nova-perspectiva-para-o-suicídio-Posvenção-uma-nova-perspectiva-para-o-suicídio.pdf</div>
<div style="text-align: justify;">
6-http://www.mastereditora.com.br/periodico/20150501_135302.pdf</div>
<div style="text-align: justify;">
7-http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=58<br />
8-http://www.scielo.mec.pt/pdf/rpsp/v31n2/v31n2a09.pdf<br />
9-http://www.scielo.mec.pt/pdf/aps/v19n4/v19n4a03.pdf<br />
10-BOTEGA, N. J. Crise suicida: avaliação e manejo. Porto Alegre: Artmed, 2015.</div>
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<br />Leonardo Viana de Vasconcelos Martinshttp://www.blogger.com/profile/03931436674689038787noreply@blogger.com0